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Novo scooter da Honda se sai bem na cidade, mas falta espaço no bagageiro

A sigla SH significa "Smart Honda" e batiza a linha de scooters da marca japonesa. A palavra em inglês pode ser traduzida como "inteligente" ou "esperta". Ambos os adjetivos combinam com a proposta dessa categoria de motos para uso urbano.

A versão menor da família, chamada SH 150i, começou a ser vendida no Brasil neste ano e foi avaliada pela Folha.

O desenho adota uma solução tradicional dos scooters: o assoalho plano, que facilita o subir e descer da moto. A carenagem frontal protege bem dos esguichos em dia de chuva leve.

POTÊNCIA

A mecânica é similar à usada pelo scooter PCX, mas com injeção eletrônica e escapamento diferentes. Isso rende potência maior ao SH 150i (14,7 cv contra 13,1 cv).

"Para garantir agilidade no uso urbano, o motor tem dois picos de potência. O primeiro aparece logo após arrancar, estabiliza e depois torna a crescer de forma mais rápida", explica Alfredo Guedes, engenheiro da Honda.

No entanto, o painel não oferece conta-giros para checar a rotação do motor. O mostrador analógico informa a velocidade, e há também uma tela digital que exibe hora e dados de consumo.

Divulgação
Scooter tem apoio para os pés de piloto e garupa
Scooter tem apoio para os pés de piloto e garupa

Acabamento e design agradam, bem como as posições de assento e guidão.

Para fazer valer o preço sugerido de R$ 12.450, o scooter SH traz alguns itens raros na categoria. Exemplos são a partida feita por meio de botão, os freios a disco com ABS e o sistema de iluminação com LEDs.

A Honda colocou um porta-objetos com tampa junto à carenagem frontal. Lá dentro há uma tomada 12V para recarregar telefones celulares. Um gancho com trava localizado à frente do piloto ajuda a fixar sacolas.

O espaço sob o assento acomoda apenas 25 litros –só dá para guardar um capacete menos volumoso e alguns poucos objetos pessoais. Quem precisar de mais espaço terá de instalar um baú na parte traseira.

Equipado com câmbio automático do tipo CVT, o Honda SH 150i se sai bem na cidade, com acelerações e retomadas satisfatórias. O porte esguio permite passar bem por entre os carros nos corredores de trânsito.

Porém, as mudanças rápidas de trajetória são mais lentas, devido ao tipo de construção do scooter. Não se pode fazer bem o pêndulo (inclinação da moto ao contornar curvas) como nos modelos que não tem o assoalho para apoio dos pés.

Divulgação
Espaço sob o banco comporta um capacete pequeno
Espaço sob o banco comporta um capacete pequeno

LIGA E DESLIGA

O consumo de combustível pode beirar a média de 40 km/l. Para que isso ocorra, o piloto precisa utilizar o sistema "Idling Stop" (parada de marcha lenta), que desliga o motor quando se está a mais de três segundos sem acelerar o scooter. Isso ocorre, por exemplo, ao parar em um sinal vermelho, e ajuda a reduzir as emissões de poluentes.

Com três anos de garantia, o SH 150i é produzido na fábrica da Honda em Manaus. Há três cores disponíveis: duas opções de azul (perolizados) e prata fosco.

O principal concorrente do scooter da Honda é o modelo Yamaha NMax 160, que custa R$ 11.690 e usa rodas de 13 polegadas.

O "primo" Honda PCX 150 custa R$ 10,8 mil e está no mesmo segmento, que é complementado pelo Dafra Cityclass 200i (R$ 11 mil).

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