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Peugeot 208 ganha câmbio automático de seis marchas e consome menos

O Peugeot 208 se diferencia dos concorrentes no Brasil justamente por ser igual: é o único hatch compacto nacional que tem exatamente o mesmo desenho da versão vendida hoje na França, seu mercado de origem.

Essa característica não é suficiente para torná-lo um sucesso de vendas –está na 47ª posição do ranking de automóveis mais vendidos no país neste ano–, mas indica o caminho que a montadora pretende seguir.

"Passamos por momentos difíceis aqui, mas não deixamos de investir. Queremos que o Brasil entre no plano global de convergência de produtos, os carros comercializados no país deverão ser iguais aos disponíveis no mercado europeu", disse Jean-Philippe Imparato, presidente mundial da Peugeot, que esteve no Brasil no início de outubro.

A principal novidade da linha 2018 do hatch 208 é a caixa automática de seis marchas. O câmbio produzido pela empresa japonesa Aisin é basicamente o mesmo que equipa outros veículos à venda no Brasil. Entre esses estão Chevrolet Onix, Citroën C3, Volkswagen Golf, Fiat Toro e Jeep Renegade.

Divulgação
Peugeot 208 na versão Griffe
Peugeot 208 na versão Griffe

A mudança no sistema de transmissão faz o Peugeot ganhar a eficiência que faltava nos usos urbano e rodoviário.

A antiga caixa automática, de quatro marchas, afetava o consumo. Nas medições feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia, a média urbana do Peugeot com etanol passou de 6,3 km/l para 7,7 km/l.

O gasto de combustível seria ainda melhor se a marca francesa já adotasse no Brasil o mesmo motor 1.2 turbo de três cilindros (110 cv) utilizado na Europa.

De acordo com Rogério Freire Santos, chefe de produto da Peugeot no Brasil, o 1.6 flex (118 cv) usado hoje nas versões automáticas do 208 permanece por mais um bom tempo na linha.

A idade desse motor 1.6 –o projeto remete aos anos 1990– é disfarçada pelo câmbio de seis marchas. As trocas são poucos percebidas em uso urbano, e as teclas Eco e Sport podem mudar completamente as respostas do carro na estrada, priorizando menor gasto ou maior desempenho.

O motorista enxerga o painel por cima de um volante diminuto, experiência que não exige adaptação. O carro feito na cidade de Porto Real (RJ) tem regulagens amplas da coluna de direção e da altura do assento. Os bancos são de espuma firme, o que incomoda em viagens longas.

O espaço atrás é beneficiado pela boa largura da carroceria. Acomoda bem dois adultos e uma criança, todos presos por cintos de três pontos. Há encosto de cabeça para o passageiro central.

A versão Griffe é a mais em conta equipada com câmbio automático. O preço parte de R$ 70,5 mil e inclui seis airbags, ar-condicionado digital e sistema multimídia com GPS e tela sensível ao toque.

Na França, a versão compatível com o modelo à venda no Brasil custa o equivalente a R$ 80,5 mil. Os carros também estão caros por lá.

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PEUGEOT 208 GRIFFE

Motor: Dianteiro, 1.587 cm3. 4 cilindros. 16 válvulas.

Potência: 118 cv (e) 115 cv (g) a 5.750 rpm

Torque: 16,1 kgfm (e/g) a 4.000 rpm

Câmbio: Automático, seis marchas

Porta-malas: 285 litros

Peso: 1.200 kg

Pneus: 195/55 R16

Aceleração: (0 a 100 km/h) 12,3s (e) e 12,9s (g)

Retomada: (80 a 120 km/h) 8,9s (e) e 9,6s (g)

Consumo urbano: 7,7 km/l (e) e 10 km/l (g)

Consumo rodoviário:12,5 km/l (e) e 15,8 km/l (g)

Preço: R$ 70.490

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