Depois da reformulação bem radical do Ecosport, a expectativa era de que a Ford fizesse o mesmo com o Fiesta para 2018. Não foi o que aconteceu. As mudanças foram bem tímidas no compacto, que recebeu alguns retoques visuais e de acabamento, mantendo as mesmas opções de mecânica.
A maior novidade é a nova central multimídia Sync 3, disponível a partir da versão intermediária SE Plus (com tela maior, de 6,5 polegadas, sensível ao toque).
Os preços subiram cerca de R$ 3.000, começando em R$ 56,7 mil para o SE 1.6 e chegando aos R$ 75,2 mil no Titanium Plus 1.6 AT.
Principalmente nas duas versões superiores (SEL e Titanium), o Fiesta traz recursos e acessórios característicos dos compactos premium, como faróis com luz diurna de LEDs, sete airbags, câmera de ré e ar-condicionado digital. Mesmo assim, o compacto brasileiro da Ford está defasado em uma geração em relação ao europeu.
A dianteira ganhou nova grade e para-choque remodelado. Na traseira, vieram apenas novas lanternas e outros pequenos detalhes. As rodas ganharam novos desenhos.
A estrutura de carroceria foi reforçada, principalmente nas laterais, visando melhor desempenho em testes de impactos. A suspensão recebeu nova calibração de amortecedores, mais voltada para o conforto.
Os bancos ganharam novos desenhos e encostos de cabeça reposicionados.
Os motores 1.6 Sigma flex (128 cv) e o três cilindros turbo 1.0 EcoBoost (125 cv), a gasolina, foram mantidos. O esperado 1.5 três cilindros que estreou no EcoSport não veio.
As versões mais caras são equipadas com o câmbio automatizado de seis marchas.
Apesar de a Ford ter abandonado a denominação, trata-se de uma evolução do PowerShift, transmissão que obrigou o fabricante a aumentar a garantia do componente para até 10 anos, tantos foram os problemas.
O novo EcoSport levou vantagem, já que tem agora um câmbio automático convencional, mais confiável.
Para o Fiesta 2018, a Ford garante que o ex-PowerShift recebeu nova programação eletrônica e aperfeiçoamentos mecânicos para ter mais eficiência e durabilidade.