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Ágil e caro, BMW X2 É exemplo de compra emocional

Principal lançamento da BMW 2018, o X2 é o menor e mais novo integrante da linha de SUVs da marca alemã. A base é a mesma usada no modelo X1, mas todo o resto é diferente.

O novo carro tem ar mais esportivo que utilitário. O para-brisa ficou bastante incli­nado, e a posição ao volante é mais baixa que a dos demais jipes da montadora, o que pode desagradar aos que gostam de dirigir nas alturas.

Com 4,36 metros de comprimento, o X2 custará a partir de R$ 212 mil no mercado nacional. A marca deu início à pré-venda, mas o carro só chegará às lojas em maio.

A versão avaliada na França tem o mesmo motor 2.0 turbo (192 cv) que equipará os carros que chegarão ao Brasil. O câmbio será sempre o automático de dupla embreagem e sete marchas.

Estreante entre os modelos da BMW, esse conjunto mecânico já equipa o Mini Cooper, que também é produzido pelo grupo.

Há três modos de direção disponíveis no X2: "Comfort" "Eco" ou "Sport". Suas configurações alteram a regulagem do câmbio, o peso do volante e as respostas do motor.

No modo mais dinâmico, o carro tem um temperamento nervoso, sem perder a estabilidade. É divertido em trechos sinuo­sos e há bom fôlego para acelerar, mas a suspensão é mais dura que a do X1, o que causa incômodo em trechos com asfalto irregular.

Segundo a BMW, o X2 acelera de zero a 100 km/h em 7,7 segundos e pode atingir 227 km/h de velocidade máxima, algo permitido nas autoestradas de sua terra natal.

A partida é feita por meio de um botão, como vem se tornando padrão entre os carros de luxo. As informações do painel, incluindo as instruções do GPS, podem ser projetadas no para-brisa diante dos olhos do motorista.

As imagens da câmera de ré também podem ser exibidas no vidro dianteiro, o que compensa um dos defeitos do X2: a visão traseira é ruim, o que dificulta manobras de estacionamento.

ESPORTIVO

Os alemães dizem que o carro não é um SUV, mas, sim, um SAC ("Sport Activity Coupé", cupê para atividades esportivas). É provável que a sigla não seja usada no Brasil, onde seria confundida com Serviço de Atendimento ao Consumidor.

Logotipos da BMW ado­rnam as colunas laterais traseiras. São uma referência a antepassados, tam­bém com alma esportiva: os modelos CS, produzidos no final da década de 1960.

Pelo estilo do X2, nota-se que a intenção da montadora é atrair um público que deseja fugir dos utilitários tradicionais e está disposto a pagar mais por isso, mesmo com a desvantagem do menor espaço na cabine e no porta-malas. É uma compra em que o lado emocional dá as ordens e suplanta o racional.

O BMW X1, que oferece mais espaço tanto na cabine como no porta-malas, custa R$ 30 mil a menos que o X2.

Para as montadoras, oferecer opções mais caras e com apelo urbano de seus utilitários compactos tem dado bons resultados financeiros.
O caminho foi aberto pelo Range Rover Evoque, que foi lançado em 2011 e hoje custa a partir de R$ 228,5 mil. O recém-lançado Jaguar E-Pace tem a mesma proposta e deve se tornar o modelo mais vendido da marca inglesa no mundo. No Brasil, é vendido por R$ 195,4 mil.

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