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Volkswagen T-Cross terá 18 rivais diretos no mercado nacional

O Volkswagen T-Cross, que estreia no ano que vem, confirma: os jipinhos urbanos já não são apenas moda, viraram um segmento de mercado.

Das 12 principais marcas que produzem carros no país, 10 terão ao menos um utilitário compacto nas suas concessionárias em 2019.

Esses modelos somaram 182 mil unidades emplacadas no primeiro semestre, segundo a Fenabrave, entidade que representa as distribuidoras de veículos. O número equivale a 19% de todos os carros de passeio vendidos no país entre janeiro e julho.

O próximo a ser lançado será o Citroën C4 Cactus, que começa a ser produzido em Porto Real (RJ) no fim de julho. A marca francesa oferecerá motor 1.6 turbo (173 cv) e sistema de frenagem automática para atrair os clientes, prova de que os jipinhos estão se tornando carros de luxo.

A estratégia da Volkswagen também engloba segurança e desempenho. Todas as versões do T-Cross serão equipadas com seis airbags, e as opções mais caras terão motor 1.4 TSI flex (150 cv).

A marca alemã revela seu carro aos poucos. As primeiras fotos oficiais mostram o modelo coberto por camuflagem colorida.

Em um teste promovido pela montadora em Munique, foi possível conhecer os protótipos disfarçados do T-Cross, em fase final de desenvolvimento. Segundo Christoph Peine, porta-voz da Volkswagen na Alemanha, 95% do carro já está pronto.

Empolgado com sua cria, o engenheiro Michael Mestel, diretor do projeto T-Cross, diz que nenhum concorrente na faixa de preço do compacto da Volks terá tanta tecnologia a bordo.

O protótipo também trazia o arrogante adesivo "I am more" ("eu sou mais") colado no pouco espaço livre em sua lataria.

Resta saber se seus predicados serão suficientes para superar um atraso de 15 anos.

O futuro dos utilitários compactos começou a se desenhar em 2003, quando a Ford lançou o EcoSport. As concorrentes demoraram a reagir à altura e improvisaram com versões a fantasia de seus carros convencionais.

Quando chegar ao mercado, o T-Cross encontrará 18 rivais diretos em uma faixa de preço que vai de R$ 60 mil a R$ 110 mil. O número de opções vai continuar a crescer.

No fim de 2019, a Kia começa a importar o jipinho urbano KX3, que tem dimensões semelhantes às do Hyundai Creta produzido em Piracicaba (a 158 quilômetros de São Paulo). As marcas fazem parte do mesmo grupo sul-coreano.

A Toyota ainda não tem um utilitário compacto em sua linha de carros nacionais, problema que deve ser resolvido entre 2019 e 2020.

Durante a última edição do Salão do Automóvel de Tóquio, em outubro de 2017, o presidente da marca japonesa na América Latina, Steve St. Angelo, mostrou um conceito da marca Daihatsu (subsidiária da Toyota no Japão) e disse que o carro poderia originar um jipinho para o Brasil.

Antonio Filosa, presidente do grupo FCA, anunciou que a Fiat também terá sua opção entre os SUVs pequenos, que será lançada até 2022.

Para se destacar nessa multidão de compactos, a Volkswagen vai oferecer um quesito que é o ponto fraco de muitos rivais: espaço interno.

O modelo testado tinha as dimensões do europeu, que será 8,6 cm menor que o nacional. Mesmo assim, havia espaço de sobra para as pernas no banco traseiro.

A diferença está na distância entre os eixos: enquanto o T-Cross europeu adota a medida do hatch Polo (2,56 m), o modelo nacional utiliza a do sedã Virtus (2,65 m).

Com 4,19 metros de comprimento, o T-Cross nacional se posiciona entre o Chevrolet Tracker (4,16 metros) e o Honda HR-V (4,29 metros). O maior modelo da categoria –e o mais caro– é o Jeep Compass, que mede 4,42 metros e custa a partir de R$ 110 mil.

Em três ou quatro anos, quando todas as marcas tiverem um ou mais jipinhos disponíveis, o segmento deverá representar 25% de todos os carros vendidos no Brasil. Um fenômeno comparável ao advento dos carros populares, nos anos 1990.

O jornalista viajou a convite da Volkswagen

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