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Tata Nano, carro mais barato do mundo, sai de linha sem fazer sucesso

Após anos de vendas muito abaixo das metas, a montadora indiana Tata Motors resolveu encerrar a produção do Nano, segundo a agência Bloomberg. O compacto surgiu em 2008 para ser o automóvel de passeio mais barato do mundo.

A empresa acreditava que os compradores fariam fila para comprar o carrinho, principalmente na índia, onde famílias inteiras se deslocam sobre motocicletas pequenas.

Não foi o que aconteceu.

Apenas 1.040 unidades do Tata Nano foram emplacadas nos últimos 12 meses, período em que cerca de 3 milhões de carros foram vendidos no mercado indiano.

O melhor resultado de vendas ocorreu em 2011, com 75 mil Nanos comercializados –na época, o carrinho custava o equivalente a R$ 5.000. A montadora previa vender 250 mil unidades ao ano.

O carro que deveria substituir as motos foi criticado pelo baixo nível de segurança (levou nota zero em testes de colisão) e ainda teve problemas com incêndios. Todas as unidades produzidas entre 2009 e 2011 tiveram que passar por um recall para prevenir que o compacto pegasse fogo.

A simplicidade do carro não agradou aos clientes. O modelo original tinha motor traseiro com dois cilindros e 623 cm3 (35 cv), equivalente aos utilizados em motocicletas. Era o suficiente para um veículo que pesava 600 quilos.

O apelo do preço foi o principal ponto trabalhado pelo marketing da Tata nos primeiros anos, talvez pelo fato de o carro não oferecer muito a ser destacado.

Os equipamentos se limitavam ao mínimo necessário para a condução, mas havia espaço para quatro adultos.

A última versão à venda do carro, chamada de GenX, podia ser equipada com sistema de som, câmbio automatizado, direção com assistência elétrica e ar-condicionado, mas nem assim despertou o interesse dos compradores.

Completo, o Nano custava o equivalente a R$ 19 mil segundo a última tabela divulgada no site indiano da Tata Motors.

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