SP será 'Vale do Silício' da América do Sul, diz diretor da Campus Party

"São Paulo vai ser o Vale do Silício da América do Sul", afirmou o diretor-geral da Campus Party, Mario Teza, sobre o legado do evento de tecnologia que terminou ontem em São Paulo.

A quinta edição brasileira, que ocorreu pela primeira vez no pavilhão de exposições do Anhembi, recebeu R$ 18 milhões em investimentos e 7.500 participantes --5.500 deles acampados.

Teza exaltou a presença de investidores e disse que os campuseiros tiveram a oportunidade de tomar lições de empreendimento para transformar ideias em negócios.

Neste ano, os convidados não foram tão conhecidos como os de edições anteriores --Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, e Steve Wozniak, cofundador da Apple, já passaram pelo evento.

Na avaliação de Teza, o sucesso não depende de grandes nomes, pois os ingressos se esgotaram antes mesmo do anúncio da programação. "Nós aumentaremos a intensidade da elaboração da agenda pelos visitantes, isso é que é o barato. Eles não vêm aqui somente pelas estrelas."

INCIDENTES

Um homem foi preso em flagrante na quinta-feira (9), ao tentar furtar três laptops de campuseiros, e houve casos de pertences furtados dentro de barracas arrombadas.

A organização auxiliou as vítimas e anunciou melhorias no esquema de segurança, que, segundo Teza, será ampliada na próxima edição.

"Poderíamos ter conversado com o governo do Estado e autorizado legalmente a Polícia Militar aqui dentro e lá fora, mas queríamos manter esse clima tranquilo", disse.

Além das questões de segurança, Teza afirmou que a organização tomará medidas para amenizar, no próximo ano, problemas de estrutura apontados por campuseiros, como a falta de bebedouros.

Neste ano, houve 71% de participantes do sexo masculino, ante 29% de mulheres. Aberta ao público, a área de exposições recebeu 160 mil visitantes.

A Folha foi um dos patrocinadores do evento.