Steve Jobs apresenta iPad, o aguardado tablet da Apple
A Apple lançou nesta quarta-feira (27) o iPad, minicomputador cuja interface parece um "iPhone expandido", nas palavras do próprio fundador da companhia, Steve Jobs. O anúncio foi feito em um evento da empresa em San Francisco, nos EUA.
O iPad chega às prateleiras no final de abril nos EUA. Modelos com 3G estarão no mercado no final de maio. Serão três tamanhos de armazenamento: 16 Gbytes, 32 Gbytes e 64 Gbytes.
O preço inicial do tablet é US$ 499 (16 Gbytes, sem conexão 3G). O iPad mais caro é o 64 Gbytes e conexão 3G: custa US$ 829. Sem conexão 3G, o iPad 32 Gbytes custa US$ 599 e o 64 Gbytes, US$ 699. Caso se deseje a conexão, há um custo extra de US$ 130 sobre cada dispositivo.
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Paul Sakuma/AP | ||
O executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, apresenta o iPad, computador tablet da empresa, em San Francisco |
Nos EUA, a assinatura para tráfego de dados via operadora AT&T custará US$ 14,99 para um limite de até 250 MBytes e US$ 29,99 para tráfego de dados ilimitado. A Apple estima que o valor dos pacotes em demais países seja fechado entre junho e julho.
A tela do iPad tem 9,7 polegadas de dimensão. A espessura do aparelho é de 1,2 centímetro. Ele pesa 680 gramas. O chip foi desenvolvido pela própria Apple, e leva o nome de A4. A duração da bateria, de acordo com a empresa, é de 10h.
Apresentação
"Que tipo de tarefas [o iPad executa]? Navega na internet, checa e-mails, compartilha imagens, exibe vídeos, toca música, roda games e livros", listou Jobs, no início da apresentação de hoje.
"Quanto mais eu vejo este dispositivo, mais eu começo a pensar que a Apple realmente quer que você substitua seu laptop com essa coisa", provocou.
Para mostrar que iPad executa vídeos em alta definição, o executivo exibiu um trailer do filme "Star Trek". A tela do aparelho é sensível a múltiplos toques simultaneamente. O aparelho terá um teclado opcional, que será acoplado ao dispositivo.
A resolução da tela pode ter seu desempenho duplicado, segundo demonstrou Scott Forstall, vice-presidente de software da Apple.
A prancheta digital é baseada no mesmo sistema operacional do iPhone --o que significa que arquivos e aplicativos voltados ao smartphone serão compatíveis com o novo dispositivo da Apple. Assim como no iPhone, a plataforma do tablet estará aberta para que programadores desenvolvam aplicativos.
"Agora algumas pessoas acham que se trata de um netbook --o problema é que os netbooks não são os melhores [produtos]", disse o executivo. "É um caminho melhor do que um laptop, melhor do que um telefone. Você pode escolher qualquer alternativa que quiser. Ver uma página inteira é sensacional."
Kimberly White/Reuters | ||
O executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, apresenta o iPad, computador tablet da empresa, em San Francisco |
Livros e jornais
O vice-presidente também apareceu no palco para reforçar o apelo editorial do novo produto.
"Achamos que capturamos a essência da leitura de jornais. Uma experiência superior na aplicação nativa", disse Frostall. O layout do jornal "The New York Times" aparecia em formato de papel standard.
À medida que se navega no jornal, as fotos se ampliam. Vídeos do "NYT" também rodam no iPad.
Minutos depois, Steve Jobs voltou ao palco para demonstrar um aplicativo voltado para livros, o iBooks. "A Amazon fez um excelente trabalho pioneiro, e nós vamos atrás disto. Nosso novo aplicativo se chama iBooks", anunciou. A principal característica do iBooks é a possibilidade de mudança de fonte, segundo demonstrou o executivo.
A compra de livros será feita por meio da loja virtual. As grandes editoras norte-americanas já formalizaram parceria com a Apple.
iWork
A Apple também anunciou a criação do iWork --uma suíte de todos os aplicativos "que milhões de consumidores amam", nas palavras de Phil Schiller, diretor de marketing de produto da Apple.
Trata-se de pacote de aplicativos que compila programas semelhantes ao Power Point e ao Photoshop, com diagramador de texto e imagens, tabelas variadas (desde organização simples de dados até estatísticas) e galerias de documentos com transições animadas. Entretanto, os aplicativos serão vendidos separadamente --cada um por US$ 9,99.
Mercado
O lançamento do tablet vem em um momento em que analistas estimam um lucro de US$ 1 bilhão para a Apple no mercado de aplicativos.
Recentemente, a empresa de pesquisas Gartner divulgou um relatório no qual aponta que mais de US$ 4,24 bilhões foram gastos em aplicativos móveis em 2009, com participação da Apple contabilizada em 99,4% deste segmento, em um total de 2,516 bilhões de downloads.
Ainda segundo a projeção, o mercado deve se ampliar para US$ 6,8 bilhões de dólares em 2010, e US$ 29,5 bilhões de dólares em 2013.
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