Chinesa Tencent, dona do WeChat, compra 12% do Snapchat
Mike Segar - 18.mai.16/Reuters | ||
Logotipo do Snapchat em Manhattan |
A Tencent passou a ter participação de 12% na operadora do Snapchat, a Snap, no mais recente de uma série de grandes investimentos de empresas chinesas nos Estados Unidos.
Os detalhes da participação foram revelados pela Snapchat após resultados trimestrais e vieram à tona no momento em que empresas chinesas e americanas anunciaram US$ 9 bilhões em novos negócios na chegada do presidente dos EUA, Donald Trump, a Pequim.
O anúncio da participação da Tencent ajudou a empresa americana a se recuperar de um tombo de quase 20% na Bolsa de Nova York antes da abertura do mercado, depois de divulgar crescimento de usuários e da receita abaixo das expectativas de Wall Street.
A estrutura societária da Snap mostra que seus cofundadores detêm cerca de 95% do capital votante, o que indica que a Tencent está apenas acumulando uma participação financeira.
"Embora essas notícias possam ser inicialmente percebidas como positivas pelo mercado, é preciso lembrar que as participações da Tencent na Snap são as ações Classe A sem direito a voto, o que torna menos provável uma aquisição da Snap pela Tencent", disse o analista Ali Mogharabi da Morningstar.
Junto com as também chinesas Alibaba e Baidu, a Tencent investiu bilhões de dólares em uma década de crescimento na China na compra de empresas americanas e detém 5% da fabricante de automóveis elétricos Tesla, bem como participações na empresa de serviços de viagem Lyft e na start-up de realidade aumentada Magic Leap.
Maior empresa de mídia social e de jogos na China e dona do popular aplicativo móvel WeChat, a Tencent já tinha investido na Snap por meio de uma afiliada em 2013 e foi classificada pelo cofundador e presidente-execuitivo da Snap, Evan Spiegel, como um modelo.
A Snap divulgou na terça-feira (7) crescimento de receita e do número de usuários no terceiro trimestre bem abaixo das expectativas de Wall Street, enquanto luta para competir com o Instagram, do Facebook.
A empresa decepcionou os investidores em todos os trimestres desde que foi listada na Bolsa de Nova York em março.
O número de usuários ativos diariamente ficou em 178 milhões, ante expectativa de 181,8 milhões, de acordo com a empresa de pesquisa FacSet.
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