Facebook vai permitir que usuário limpe histórico de navegação

Rede social está construindo um novo controle de privacidade chamado 'clear history'

Facebook está construindo um novo controle de privacidade chamado "clear history"
Facebook está construindo um novo controle de privacidade chamado "clear history" - Josh Edelson/AFP
Reuters

O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta terça-feira (1º) que a rede social está construindo um novo controle de privacidade chamado "clear history" para permitir que usuários excluam o histórico de navegação, e ele planeja discutir o recurso na conferência anual do Facebook F8, que termina nesta quarta (2).

"A ferramenta vai permitir que você veja os sites e aplicativos que nos enviam informação quando você os utiliza, [vai permitir que você] delete essa informação de sua conta e desative nossa habilidade para armazenar [essa informação] associada à sua conta", afirmou a companhia em blog.

Zuckerberg comparou a nova ferramenta à opção de limpar os cookies de um navegador, que ele disse que pode piorar a experiência do usuário conforme eles precisam reconfigurar seus perfis. 

O Facebook informou ainda que vai levar alguns meses para construir a atualização e acrescentou que a companhia vai trabalhar com defensores de direito à privacidade, acadêmicos, reguladores e legisladores para ouvi-los sobre a nova abordagem.

As empresas de tecnologia estão sob forte escrutínio sobre como elas protegem os dados de consumidores, depois que o Facebook se envolveu em um grande escândalo em que milhões de dados de usuários foram acessados irregularmente pela consultoria política Cambridge Analytica.

"Uma coisa que aprendi com minha experiência no Congresso é que eu não tinha respostas suficientemente claras para algumas das perguntas sobre dados", escreveu Zuckerberg ​em post no Facebook.

Em 17 de março , uma reportagem do jornal americano The New York Times e do britânico The Observer (versão dominical do próprio The Guardian) revelou que a Cambridge Analytica teve acesso aos dados de 50 milhões de usuários do Facebook. A consultoria ficou conhecida por ter ajudado na eleição de Donald  Trump e na campanha que levou o Reino Unido a deixar a União Europeia, o "brexit", ambos em 2016.

Após a revelação do caso, o próprio Facebook atualizou o número de perfis atingidos para 87 milhões em todo o mundo, sendo a maior parte nos Estados Unidos (70,6 milhões) e no Reino Unido (1,1 milhão). A empresa, que viu suas ações caírem na Bolsa e enfrenta pressão por mais regulação, pediu desculpa aos usuários pelo caso. 

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