A consultoria de gestão de marca Marcas com Sal criou um robô virtual capaz de conversar via aplicativos de mensagens (conhecido no mercado como “chatbot”) para que profissionais de grandes empresas possam tirar dúvidas sobre o marketing de suas organizações.

Chamado de Brandon, o robô foi programado para entender e responder perguntas feitas em texto.

Entre as dúvidas que ele pode resolver a partir de serviços como o Skype, o Messenger ou o Slack estão qual a imagem do logo da empresa, sobre quais cores ele pode ser colocado, que formato de newsletter a companhia usa ou como ela se posiciona a respeito de um tema polêmico.

Quando há um arquivo associado à resposta, como a imagem do logo, o robô pode enviá-lo para quem conversa com ele.

Letícia Pettená, uma das sócias da empresa, explica que a criação do chatbot foi consequência do trabalho que a consultoria já fazia com branding (gestão de marcas).

Ela diz acreditar que os conceitos por trás de uma marca devem embasar as ações que a empresa toma, incluindo apresentação visual, forma de se expressar, estratégia e lançamento de produtos.

Porém é comum que, após a realização de um projeto, as ideias discutidas fiquem mais concentradas com as pessoas que participaram dele diretamente, o que dificulta sua difusão e manutenção. 

“Conforme o grupo que contratou o projeto deixava uma cliente, esse conhecimento de marketing ia se perdendo aos poucos”, afirma Pettená.

Além de ajudar a preservar as ideias construídas para a marca, o chatbot também substitui de modo natural o hábito de as pessoas perguntarem umas às outras o que fazer em cada situação, diz Pettená.

O Brandon é programado para responder as perguntas escolhidas pela contratante. 

Conforme ele é usado, a companhia consegue descobrir quais as dúvidas mais frequentes e criar novas respostas que ele poderá oferecer.

O sistema vem sendo implementado há um mês no grupo ZAP, de imóveis pela internet, conta a consultora.

A empresa reformulou sua marca neste ano depois da fusão com a VivaReal, que opera no mesmo setor.

Para o futuro, Pettená diz acreditar que o Brandon será capaz de ler textos escritos pela equipe da empresa e avaliar se há problemas em sua estrutura ou alguma palavra que deveria ter sido evitada, de acordo com seu branding.