Descrição de chapéu Financial Times

Guerra comercial de Trump ameaça afetar acessórios como Apple Watch e fones

Gadgets podem estar na nova rodada de tarifa de importação contra produtos chineses

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, fala à frente de imagens do Apple Watch durante econtro de desenvolvedores em San Jose, na Califórnia
O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, fala à frente de imagens do Apple Watch durante encontro de desenvolvedores em San Jose, na Califórnia - Marcio Jose Sanchez - 4.jun.18/Associated Press
Tim Bradshaw
Los Angeles | Financial Times

A divisão de crescimento mais acelerado da Apple, que inclui o relógio inteligente Apple Watch, os fones de ouvido AirPods e o alto-falante inteligente HomePod, está sob risco de ser afetada pela proposta do presidente Donald Trump de impor tarifa de 10% sobre importações da China.

A gigante da tecnologia poderá ser forçada a aumentar os preços dos acessórios, que fazem parte do multibilionário segmento chamado “outros produtos”, se Trump seguir em frente com novas ações na sua guerra comercial contra os chineses.

Há risco de os acessórios, que são fabricados na China, fazerem parte da próxima lista de US$ 200 bilhões (R$ 740 bilhões) de produtos que serão taxados. Ela também incluiria os alto-falantes das rivais Amazon (Echo) e do Google (Home), além dos relógios inteligentes Fitbit.

Relógios e alto-falantes inteligentes poderiam fazer parte de uma categoria de importação que inclui “equipamentos de recepção, conversação, transmissão e regeneração de voz, imagens e outros dados”, segundo a Associação de Tecnologia do Consumidor.

“É uma categoria abrangente, que engloba de modems a aparelhos com comunicação via bluetooth", diz Sage Chandler, vice-presidente da CTA.

“Resumindo, dispositivos que permitem aos usuários acessar a internet e interagir.”

As empresas têm a alternativa de fazer lobby para excluir os produtos da próxima rodada de sobretaxas ou tentar mudá-los de categoria de importação para que não sejam afetados.

No segundo trimestre, a Apple faturou US$ 3,954 bilhões (R$ 14,7 bilhões) na categoria “outros produtos”, crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2017. A receita com iPhones, de US$ 38 bilhões (R$ 141 bilhões), apesar de ser a mais representativa da Apple —que totalizou US$ 61 bilhões, ou R$ 226 bilhões—, avançou só 14%. 

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.