A Apple informou na terça-feira (7) que o iPhone não ouve usuários sem o seu consentimento e que não permite que aplicativos instalados no smartphone o façam. A declaração é uma resposta ao questionamento de legisladores sobre possíveis violações de privacidade dos usuários – tema que ganha notoriedade depois do caso de uso irregular de dados entre Facebook e Cambridge Analytica.
Em uma carta a Walden, republicano do Estado de Oregon que preside o Comitê de Energia e Comércio da Câmara, a Apple disse que os iPhones não gravam áudio enquanto escutam os comandos de despertar da Siri (assistente virtual). A companhia ainda afirmou que exige que os usuários aprovem explicitamente o acesso ao microfone e que os aplicativos devem exibir um sinal claro de que estão ouvindo.
As cartas, nas quais os legisladores citaram relatórios sugerindo que aplicativos de terceiros tinham acesso e usavam dados "não acionados" sem o conhecimento dos usuários, acompanharam as práticas de privacidade do Facebook em abril, que incluíram depoimentos do presidente Mark Zuckerberg.
Um porta-voz republicano no Comitê de Energia e Comércio da Câmara disse que “ambas as empresas têm cooperado até agora. O Comitê espera rever e analisar as respostas à medida que consideramos os próximos passos".
A Apple escreveu que removeu da App Store os aplicativos que violam a privacidade, mas se recusou a dizer se já havia proibido algum desenvolvedor. Também disse que os desenvolvedores devem notificar os usuários quando um aplicativo for removido por motivos de privacidade.
"A Apple não monitora e não pode monitorar o que os desenvolvedores fazem com os dados que coletaram, ou impedir a transferência desses dados, nem temos a capacidade de garantir a conformidade de um desenvolvedor com suas próprias políticas de privacidade ou com a lei local", escreveu a empresa.
A App Store gerou US $ 100 bilhões em receita para desenvolvedores na última década. A Apple disse aos legisladores em sua carta que rejeitou cerca de 36.000 aplicativos entre os 100.000 enviados por semana por violações de suas diretrizes.
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