Receita da chinesa Xiaomi salta 68%, impulsionada por smartphones e aparelhos conectados

Divulgação é a primeira desde que a Xiaomi levantou US$ 4,72 bi em uma oferta inicial de ações

Cliente sai em porta de vidro da loja da Xiaomi em Pequim num dia ensolarado
Loja da Xiaomi em Pequim, na China. Empresa ganha popularidade por smartphones mais baratos no mercado. - Jason Lee/Reuters
Reuters

A fabricante chinesa de smartphone Xiaomi teve alta de 68,3% em sua receita do segundo trimestre, com as fortes vendas de smartphones complementando um salto na receita em seu negócio menor, mas de rápido crescimento de aparelhos conectados.

A Xiaomi, cujos smartphones baratos têm se tornado muito populares em países preocupados com preços, como a Índia, disse na quarta-feira (22) que sua receita em outros países mais do que dobrou ante o mesmo período do ano passado.

Esta é a primeira divulgação de resultados da Xiaomi desde que a empresa levantou US$ 4,72 bilhões em uma oferta inicial de ações em junho, avaliando a empresa em cerca de US$ 54 bilhões, quase metade as estimativas inicias do setor, de US$ 100 bilhões de dólares.

O caminho, entretanto, não tem sido fácil para a Xiaomi como uma empresa listada em bolsa. Suas ações em Hong Kong caíram em cerca de 20% desde das máximas alcançadas há cerca de um mês.

Os resultados de agora devem aliviar preocupações sobre as operações da companhia.

A receita para os três meses encerrados em 30 de junho subiram para 45,24 bilhões de iuanes (US$ 6,58 bilhões), ante 26,88 bilhões de iuanes, disse a empresa em um comunicado.

A empresa reportou lucro líquido de 14,63 bilhões de iuanes para o período, ante um prejuízo líquido de 11,97 bilhões de iuanes um ano antes.

A receita internacional da empresa somou 16,4 bilhões de iuanes no trimestre, respondendo por 36,3 por cento da receita total. As vendas de aparelhos conectados à internet, incluindo smart TVs, também cresceu rapidamente.

A Xiaomi gerou no ano passado 70% de suas receitas com a venda de seus smartphones populares e em geral. No entanto, as margens de seus telefones, que rodam um sistema operacional derivado do Android chamado MIUI, são pequenas.

A margem bruta em seu negócio de smartphone foi de 8,8% no ano passado. Em comparação, as margens do iPhone X ou do iPhone 8, da Apple, são de cerca de 60%, segundo analistas.

O preço atrativo dos celulares da empresa tem ajudado o rápido crescimento em mercados em desenvolvimento, onde a companhia está se aproximando da Samsung Electronics e da Apple.

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