Setor de internet móvel apresenta agenda digital para candidatos

Entidade criticou a alta carga tributária sobre o setor

Los Angeles

A GSMA, entidade que reúne indústria e operadoras do setor de internet móvel, apresentou nesta quinta (13) um documento que foi enviado a todos os candidatos à Presidência com demandas do setor, durante a Mobile World Congress Americas, em Los Angeles.

Entre as recomendações estão a autorregulação do setor, o cumprimento da Lei das Antenas pelos municípios e a criação do sistema S para facilitar a capacitação de profissionais da área.

Mulher usa celular próximo à estação Anhangabaú
Danilo Verpa/Folhapress

“A ideia de autorregulação é similar ao como funciona com os bancos brasileiros, onde uma entidade trata dos temas de interesse do setor e oferece as soluções ao órgão regulador. Propostas que sejam aceitáveis pela Anatel e bom para o setor, evitaria a imposição de regras difíceis de serem adotadas ou prejudiciais ao setor”, afirmou Amadeu Castro, diretor da GSMA no Brasil.

A entidade também cobrou uma revisão da arrecadação de impostos como o Fistel e criticou a alta carga tributária sobre o setor. “Se seguirem cobrando o mesmo preço que seguem cobrando pelo espectro na América Latina, não vamos ter 5G”, criticou Sebastián Cabello, diretor da GSMA para a América Latina.

A GSMA antecipou dados de um estudo a ser lançado no final do ano, com um panorama da internet móvel na região. Em 2017, a região tinha 417 milhões de smartphones e 436 milhões de linhas ativas. A expectativa é que até 2025 esse número chegue a 517 milhões.

O Brasil é o segundo país onde mais se usam smartphones no mundo, com uma média de 4.080 minutos por mês, atrás apenas da Argentina, onde a média 5.344 minutos.

O jornalista viajou a convite da GSMA

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