Promotoria investiga acesso irregular a dados de brasileiros no Facebook

Empresa divulgou que hackers tiveram acesso a 50 milhões de tokens de usuários da rede

Brasília | Reuters

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu nesta segunda-feira (1º) um inquérito civil público para investigar a falha de segurança do Facebook que pode ter permitido o acesso a dados pessoais de brasileiros.

Na sexta-feira (28), a empresa comunicou que invasores roubaram 50 milhões de tokens da rede social.

O MPDFT citou, na portaria de instauração do inquérito obtida pela Reuters, o fato de que o ataque cibernético "permitiu ao(s) criminoso(s) apropriarem-se dos chamados 'tokens' de acesso, chaves que autorizam o acesso dos usuários às contas".

O MPDFT também afirmou que o ataque "pode ter permitido o acesso indevido a dados pessoais dos usuários como nome, sexo e cidade".

O promotor de Justiça Frederico Meinberg Ceroy, coordenador da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do MPDFT, comentou no despacho que o novo incidente de segurança aconteceu há menos de 10 dias do primeiro turno da eleição presidencial brasileira e que a comissão já é responsável pela investigação da atuação da Cambridge Analytica no Brasil.

O representante do MP determinou à Secretaria da Comissão de Proteção de Dados Pessoais para enviar ofícios ao Facebook, à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao comandante do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, Carlos Alberto Dahmer, e ao diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a instauração do inquérito.

Em nota, o Facebook disse que "está levando isso muito a sério e adotou ações imediatas para proteger a segurança das pessoas".

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