Uso do Facebook caiu após escândalos de privacidade, diz jornal

Ações como curtidas, posts e comentários diminuíram 20% desde abril de 2018, apesar de crescimento na quantidade de usuários ativos

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São Paulo

A atividade de usuários no Facebook vem caindo desde que a rede social começou a ser o centro de escândalos envolvendo a privacidade dos usuários, afirma reportagem do jornal britânico The Guardian.

Segundo o jornal, que teve acesso a dados da empresa de análise do comportamento de consumidores online Mixpanel, a queda em atividades como criação de posts, curtidas e comentários foi de 20% desde abril de 2018.

A data marca um mês após ser revelado que dados pessoais de milhões de usuários foram acessados pela consultoria Cambridge Analytica, contratada pela campanha presidencial de Donald Trump nos Estados Unidos em 2016.

A queda foi de 10% logo no primeiro mês após o escândalo. Houve recuperação de parte da atividade durante o verão no Hemisfério Norte e voltou a cair, exceto por um breve período durante eleições legislativas nos Estados Unidos.

A reportagem aponta que, no período, o Facebook sofreu outros reveses, como exposição de dados de 50 milhões de usuários por falha de segurança e o uso da plataforma como ferramenta para disseminar notícias falsas e conteúdo de ódio contra a minoria muçulmana rohingya, em Mianmar.

Por outro lado, as informações divulgadas pelo Facebook em seus balanços mostram aumento na quantidade de usuários ativos, tanto em base diária como também mensal.

Foi 1,56 bilhão de usuários diários (8% a mais do que em março de 2018).

A hipótese apontada pelo jornal é que, enquanto poucos efetivamente deletaram seus aplicativos desde 2018, muitos passaram a realizar menos atividades na rede.

Nos Estados Unidos, a empresa eMarketer, de pesquisas de mercado, também apontou redução no uso do Facebook. A média de uso diário caiu de 41 minutos em 2017 para 38 minutos.

A empresa avaliou que a rede perde atenção dos usuários mais jovens, que estariam se interessando por outras redes e atividades online.

A companhia não comentou a reportagem do jornal britânico.

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