Descrição de chapéu Financial Times

Relógio, fone e serviços ajudam Apple a obter receita recorde no trimestre

Receita chega a US$ 64 bilhões no quarto trimestre fiscal, 2% acima do mesmo período de 2018

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Patrick McGee
Financial Times

A Apple ofereceu aos céticos alguma prova de que poderá prosperar em um futuro no qual o iPhone tenha menos importância, na quarta-feira (30), e apresentou projeções otimistas para a temporada de festas.

A gigante da tecnologia sediada em Cupertino reportou receita de US$ 64 bilhões em seu quarto trimestre fiscal, 2% acima do resultado do período de 2018, apesar da queda nas vendas do Iphone e dos computadores Macintosh.

O resultado ficou acima da projeção média de Wall Street, US$ 62,9 bilhões.

O lucro por ação subiu em 4%, para o recorde de US$ 3,03, bem acima da expectativa de US$ 2,84 por ação. O rendimento líquido, no entanto, caiu em 3%, para US$ 13,7 bilhões.

Tim Cook, o presidente-executivo da companhia, definiu o trimestre como “um marco histórico”, e disse que a receita recorde do quarto trimestre fiscal foi “beneficiada pela aceleração nas divisões de serviços, produtos vestíveis e iPad”.

A Apple ofereceu projeções otimistas para o trimestre das festas –o primeiro trimestre fiscal para a companhia—, projetando receita de entre US$ 85,5 bilhões e US$ 89,5 bilhões, o que acompanha a projeção de mercado de US$ 86,8 bilhões. Isso dá à Apple uma oportunidade de superar o melhor trimestre de sua história, quando ela registrou receita de US$ 88,3 bilhões.

A projeção otimista para o trimestre implica otimismo para sua linha renovada de iPhones, liderada pela série Pro, com câmeras de lentes triplas, bem como para o Apple Watch Series 5 e os novos fones de ouvido sem fio AirPod Pro, com sistema de bloqueio de ruído.

As vendas do iPhone caíram em 9%, para US$ 33,4 bilhões, mas a proporção do produto no faturamento total da Apple subiu a 52%, enquanto no trimestre anterior ela tinha caído abaixo dos 50% pela primeira vez desde 2012.

O declínio nas vendas de iPhones foi compensado por ganhos em todas as demais categorias, com destaque para o crescimento de 54% registrado pela divisão de produtos vestíveis, uma parte cada vez mais importante da companhia, que abarca relógios, fomes de ouvido e outros acessórios. A divisão faturou US$ 6,5 bilhões no trimestre.

A divisão de serviços, a segunda maior da Apple em termos de faturamento, atingiu o recorde de US$ 12,5 bilhões em receitas, com 18% de alta ante o período no ano anterior.

A receita da divisão Mac caiu em 5%, para US$ 7 bilhões, e a da divisão iPad subiu em 17%, para US$ 4,7 bilhões.

Cook disse que “com os compradores e os críticos elogiando muito a nova geração de iPhones, a estreia, hoje, dos novos AirPods com sistema de cancelamento de ruídos, a muito aguardada chegada da Aple TV + a apenas dois dias de distância, e a nossa melhor linha de produtos e serviços em todos os tempos, estamos muito otimistas quanto ao que o trimestre das festas nos reserva”.

Os custos operacionais foram mantidos sob controle: os gastos de US$ 8,7 bilhões ficaram perto da ponta mais baixa da previsão de entre US$ 8,7 bilhões e US$ 8,8 bilhões.

Alguns analistas continuam otimistas quanto às perspectivas da empresa. “A Apple enfrenta não só uma falta de concorrência genuína nos relógios inteligentes ou fones de ouvido sem fio mas também tem linhas de produtos fortes, com ofertas de entrada a preços atraentes”, escreveu o analista Neil Cybart, em uma previsão de faturamento para a Above Avalon.

Tradução de Paulo Migliacci

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.