Travis Kalanick deixa conselho e rompe último vínculo com Uber

Polêmico cofundador forçado a renunciar em 2017 após escândalos se dedicará a startup

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San Francisco e Nova York

Travis Kalanick, 43, cofundador e ex-presidente-executivo da Uber, anunciou nesta terça (24) que deixará o conselho de administração da empresa e cortará assim seu último vínculo com o aplicativo.

Sua saída do grupo de carona que ele criou em 2009 acontece depois de vender a grande maioria de sua participação na empresa, cujo capital foi aberto em maio.

Travis Kalanick, cofundador da Uber
Travis Kalanick, cofundador da Uber - Danish Siddiqui - 19.jan.16/Reuters

Kalanick, ao lado do cofundador Garrett Camp, transformou uma pequena startup em um gigante que definiu o setor de corridas compartilhadas.

O conselho da Uber forçou o polêmico Kalanick a renunciar ao cargo de presidente-executivo em 2017, após uma série de incidentes de privacidade e queixas de discriminação e assédio sexual na empresa.

Permaneceu, no entanto, no conselho e como principal acionista durante a oferta pública inicial. As ações da Uber perderam um terço de seu valor desde a estreia.

Kalanick já vendeu mais de US$ 2 bilhões em ações da Uber e, na quinta-feira (26), completará a venda de seus papéis restantes, disse uma porta-voz.

 As vendas lhe ajudarão a financiar seu novo empreendimento, a City Storage Systems, com sede em Los Angeles. A startup, mais conhecida como CloudKitchens, está comprando imóveis em todo o mundo para alugar a restaurantes que atendem a aplicativos de entrega de alimentos, incluindo a Uber Eats.

“O Uber faz parte da minha vida nos últimos dez anos. No fim da década, e com a empresa agora pública, parece o momento certo para eu me concentrar nas minhas atividades comerciais e filantrópicas atuais”, disse Kalanick em comunicado.

"Estou orgulhoso de tudo o que o Uber alcançou e continuarei torcendo pelo seu futuro do lado de fora." 

"Poucos empreendedores construíram algo tão profundo quanto Travis Kalanick com a Uber", disse Dara Khosrowshahi, que o substituiu como presidente-executivo.

"Sou imensamente grato pela visão e tenacidade de Travis ao criar a Uber e por sua experiência como membro do conselho." 

The New York Times e Financial Times

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