A Apple excluiu o Fortnite da App Store nesta quinta-feira (13), alegando que a Epic Games, desenvolvedora de um dos jogos mais populares do mundo, infringiu suas regras ao lançar um modelo próprio de pagamento.
Pela manhã, a Epic disponibilizou aos clientes um sistema interno de cobrança para o Fortnite, contornando as taxas (cerca de 30%) cobradas pela Apple e pelo Google.
Após a retirada do jogo da App Store, a dona do jogo entrou com uma medida cautelar na Justiça da Califórnia e iniciou uma campanha na internet com a hashtag #FreeFortnite.
Em seu perfil no Twitter, que tem mais de 11 milhões de seguidores, o Fortnite partiu para o ataque com um curta-metragem ironizando a gigante americana. Convoca as pessoas a se juntarem à luta para "impedir que 2020 se torne '1984'".
A referência é o icônico comercial da Apple "1984", que introduziu o computador Macintosh ao público. Ele diz: "em 24 de janeiro, a Apple apresentará o Macintosh. E você verá porque 1984 não será como '1984' [alusão ao livro de George Orwell]".
No comercial, a Apple apresenta uma heroína que liberta a sociedade do Grande Irmão, que representa o estado totalitário e vigilantista do romance de Orwell.
Em um vídeo divulgado nesta quinta, a Epic imita o comercial com personagens do Fornite, afirmando que "desafia o monopólio da Apple".
Em entrevista recente à Bloomberg, Tim Sweeney, presidente da empresa, fez críticas a Apple e ao Google, que considera um duopólio na tecnologia. Na ação movida contra a Apple, os advogados da Epic dizem que "as consequências anticompetitivas da conduta da Apple são generalizadas" e que os aplicativos executados nos dispositivos móveis "tornaram-se parte integrante da vida diária das pessoas".
"Quando esses dispositivos são injustamente restringidos e 'tributados' de maneira extorsiva pela Apple,
os consumidores que contam com esses dispositivos móveis para se manterem conectados na era digital são prejudicados diretamente", diz a ação.
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