Autoridade de Proteção de Dados apura vazamento de operadoras de telefonia

Entidade oficia Polícia Federal, empresa que noticiou brecha e as empresas envolvidas

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Brasília

A ANDP (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) informou nesta quinta-feira (11) que está apurando o vazamento de dados de operadoras de telefonia.

O vazamento foi descoberto pela empresa PSafe e envolve mais de 102 milhões de informações de contas de celulares, envolvendo operadoras de telefonia.

As contas foram vazadas na deep web, espaço no qual o rastreamento dos computadores usados para acessar os sites é praticamente impossível.

Gabriel Cabral/Folhapress

"A ANPD está tomando todas as providências cabíveis. A autoridade oficiou outros órgãos, como a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados", diz a nota da entidade. O comunicado foi encaminhado pelo Palácio do Planalto.

"A ANPD atuará de forma diligente em relação a eventuais violações à Lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), e promoverá, com os demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos", conclui a nota.

O anúncio da falha de segurança acontece cerca de 20 dias depois de outro vazamento, em janeiro, que expôs dados de mais de 223 milhões de brasileiros, com nome completo, CPFs, CNPJs, data de nascimento e outras informações.

Também em nota a ANPD afirmou que "está apurando tecnicamente informações sobre o caso e atuará de maneira cooperativa com os órgãos de investigação competentes para apurar a origem; a forma em que se deu o possível vazamento; as medidas de contenção e de mitigação adotadas em um plano de contingência; as possíveis consequências e os danos causados pela violação".

"Concluída esta etapa, a ANPD sugerirá as medidas cabíveis, previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para promover, com os demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos", disse o órgão.

As informações do novo vazamento, segundo a companhia PSafe, envolveriam número de celular, nome completo do assinante da linha e endereço de quase a metade da população do país.

A PSafe chegou a entrar em contato com o criminoso que estaria vendendo essas informações online e solicitou uma amostra do banco de dados para verificar a veracidade das informações.

O cibercriminoso teria afirmado que as informações teriam sido extraídas da base de dados da Vivo e da Claro; a origem delas, no entanto, não pôde ser comprovada pela companhia.​

As empresas telefônicas dizem que não identificaram nenhum vazamento.

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