A OnlyFans vai proibir conteúdo sexual explícito em sua plataforma devido a preocupações regulatórias, afastando os criadores que ajudaram a fazer da companhia do Reino Unido uma das plataformas sociais de mais rápido crescimento no mundo.
A companhia disse na quinta-feira (19) à noite que a partir de 1º de outubro não permitirá mais conteúdo de "comportamento sexualmente explícito" para "acatar as exigências de nossos parceiros do setor bancário e provedores de meios de pagamento".
A nudez ainda será permitida, e a companhia disse que orientação mais detalhada será divulgada a seus mais de 2 milhões de criadores nos próximos dias.
"Para garantir a sustentabilidade da plataforma em longo prazo, e para continuar hospedando uma comunidade inclusiva de criadores e fãs, precisamos evoluir nossas diretrizes de conteúdo", disse a plataforma, em comunicado.
A medida inesperada será um choque para produtores de conteúdo adulto, muitos dos quais usaram a plataforma durante a pandemia porque a produção de pornografia mais tradicional foi reduzida pelos lockdowns.
Tim Stokely, fundador da empresa e seu executivo-chefe, disse ao Financial Times em abril que "não tinha planos de barrar criadores adultos".
A plataforma, onde profissionais do sexo, celebridades e influenciadores cobram dos fãs por fotos, vídeos e conteúdo customizado, aumentou as transações em 615%, para £ 1,7 bilhão (R$ 12,55 bilhões) no ano passado e, antes dessa decisão, esperava lucros antes dos impostos de £ 300 milhões (R$ 2,2 bilhões) neste ano.
Uma pessoa próxima à empresa disse que os diretores e o proprietário majoritário da companhia, Leonid Radvinsky, tinham tomado a decisão recentemente, pois estava ficando difícil atrair novos parceiros de negócios devido ao estigma em torno do conteúdo pornográfico.
A OnlyFans não tinha certeza sobre o golpe que a decisão causará nas receitas em curto prazo, mas diretores estimaram uma queda potencial de 25% nos próximos meses.
Tradução de Luis Roberto Mendes Gonçalves
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