A Meta, proprietária do Facebook, está apelando da decisão da Grã-Bretanha de que deve vender a plataforma de imagens animadas Giphy, dizendo que as evidências não apóiam a conclusão de que o negócio é uma ameaça para seus rivais ou pode impactar a concorrência na publicidade gráfica.
Em novembro, a Autoridade de Concorrência e Mercados da Grã-Bretanha (CMA) ordenou que a Meta vendesse a Giphy, que ela adquiriu por US$ 400 milhões em maio de 2020, após ter decidido que as soluções oferecidas pela empresa dos Estados Unidos não respondiam às suas preocupações.
Foi a primeira vez que o regulador britânico bloqueou uma grande aquisição no setor e isso sinalizou uma mudança radical em seu posicionamento sobre grandes empresas de tecnologia.
"Estamos apelando da decisão do CMA sobre o Giphy e buscaremos a suspensão da ordem de desinvestimento", disse um porta-voz da Meta nesta quinta-feira (23).
Metade do tráfego da enorme biblioteca de imagens do Giphy vem das plataformas da Meta, como Facebook, Instagram e WhatsApp. Os GIFs também são populares entre os usuários do TikTok, Twitter e Snapchat, e o CMA estava preocupado com a possibilidade de a Meta limitar o acesso ou forçar os rivais a fornecerem mais dados dos usuários.
A empresa disse que não mudaria os termos de acesso dos concorrentes, nem coletaria dados adicionais do uso de GIFs, que não possuem mecanismos de rastreamento online, como pixels ou cookies.
O CMA rejeitou o recurso, que Meta se ofereceu para tornar juridicamente vinculativo, em parte porque exigiria monitoramento contínuo.
O regulador também manifestou preocupação de que a Meta poderia fechar o negócio de publicidade incipiente da Giphy, removendo uma fonte potencial de competição.
A companhia disse que o negócio de publicidade da Giphy não teve sucesso e, se ela tivesse o potencial de se tornar um grande concorrente, seu modelo poderia ser replicado por qualquer outro provedor de GIF.
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