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Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos, é considerada culpada por fraude nos EUA

Startup prometia revolucionar exames de sangue, mas máquinas de diagnóstico não funcionavam como prometido

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San José (EUA) | AFP

A fundadora da empresa americana de biotecnologia Theranos, Elizabeth Holmes, foi considerada culpada por fraude nesta segunda-feira (3) em um tribunal da Califórnia, em um caso que pôs em xeque a cultura empresarial do Vale do Silício.

O júri concluiu que Holmes foi culpada de enganar investidores para que colocassem dinheiro em sua startup, com sede nessa região da Califórnia, que prometia revolucionar os exames de sangue com ferramentas mais rápidas e baratas do que as utilizadas por laboratórios tradicionais.

Os jurados, porém, inocentaram a executiva de outros crimes e não conseguiram chegar a um acordo sobre várias das onze acusações que ela enfrentava.

A fundadora da Theranos, Elizabeth Holmes, chegando em julgamento por fraude em San Jose, Califórnia, nos Estados Unidos - Brittany Hosea-Small - 3.jan.2022/Reuters

Holmes, de 37 anos, pode ser sentenciada a anos de prisão, em um caso que estabelece uma linha entre a inovação tecnológica e a desonestidade criminosa.

A ex-promessa do Vale do Silício fundou a Theranos aos 19 anos. Ela garantia que a empresa revolucionaria a indústria de testes diagnósticos com máquinas que poderiam entregar resultados rápidos com apenas algumas gotas de sangue, um projeto que atraiu grandes investidores e a tornou uma bilionária aos 30 anos.

A mulher chegou a ser considerada a próxima personalidade do mundo da tecnologia, mas seu império ruiu depois que o jornal Wall Street Journal publicou que suas máquinas de diagnóstico não funcionavam como prometido.

O júri completou sete dias de deliberações nesta segunda-feira.

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