Morte de Jobs gera onda de colecionáveis, mas poucas vendas

Quando as estrelas de rock morrem, o valor de qualquer bugiganga ligada à sua história aumenta. E, certamente, Steve Jobs era o equivalente a um John Lennon ou um Jimi Hendrix no mundo da tecnologia.

Mas a morte do cofundador da Apple na semana passada não teve tal efeito sobre itens colecionáveis da empresa, que vão desde computadores de 1980 que ainda funcionam a conjuntos de disquetes.

Em vez disso, a onda de notícias gerou um tsunami de "iJunk" com muito poucos compradores, enquanto os preços de tesouros da Apple têm permanecido no mesmo patamar onde estavam há um mês.

Camisetas com os dizeres "RIP Steve Jobs da Apple" tiveram vendas praticamente estáveis, embora estejam disponíveis no eBay em 15 cores diferentes e em tamanhos de P a GGG, por US$ 7,98 mais o frete de US$ 4,98.

	Reprodução
	Camiseta em homenagem a Jobs sendo vendida no eBay; "todos os tamanhos e cores", diz o anúncio

Nem a hipérbole ajuda: camisetas de Jobs com a estampa "iGod" se provaram absolutamente mortais, com poucas vendas. E o que Jobs, um inovador em design minimalista, pensaria das pequenas estatuetas de sua pessoa por US$ 44,99?

Leilões de artigos antigos geraram uma agitação apenas um pouco maior. Um computador Apple 2 de 1982, completo, com monitor de tela verde original, recebeu apenas um lance de US$ 50. Talvez a ausência da tecla "delete" tenha algo a ver com isso.

Tom Slater, diretor de leilões da Heritage Auctions no Texas, disse que o preço futuro de qualquer item colecionável relacionado à morte de Jobs dependerá mais de sua condição do que de qualquer correlação com a morte do executivo.

"Se você tiver um jornal com uma matéria de capa sobre o naufrágio do Titanic cujas dobras estão quase se rompendo e que se desfaz ao toque, ele não teria muito valor", disse Slater. "Mas uma cópia em boas condições seria um bom item colecionável."