A história da agência Leo Burnett em 7 cenas

Fiat supera a Volks, líder por 25 anos {credit|encode:xhtml_reserved|encode:decimal_numeric_entities} Leo Burnett em 7 cenas: um passeio pela história da agência

1 - CRIAÇÃO

Era 1935. Em plena Grande Depressão, numa rua pacata de Chicago, a Monroe St, nascia a Leo Burnett. A inauguração foi de forma simples e contida: eram oito funcionários, três clientes e um investimento considerado bagatela nos dias de hoje: US$ 50 mil. Apesar desse cenário, o criador da agência, Leo Burnett, 43, à época, mantinha-se firme ao seu discurso: "Nossa principal missão na vida é produzir a melhor propaganda do mundo, sem exceção".

2 - LÁPIS PRETO

Leo não conseguia usar lápis tradicional. Fino demais, traçava linhas tímidas, despersonalizadas e não podia ser martelado sobre a mesa. Para ele, o Alpha 245, bem mais grosso, funcionava melhor. Noble Burnett, seu pai, tinha uma loja de confecções e usava um desses lápis para fazer contas na hora do jantar. A agência criou o "Prêmio Black Pencil" ("Lápis Preto"), entregue anualmente a criativos que conseguem alcançar estrelas mais altas na busca da boa propaganda.

3 - POMAR

No térreo do prédio de cinco andares no Brooklin, em São Paulo, há um pomar cuidado (e compartilhado) pelos funcionários da agência. É claro que ali não poderia faltar um pé de maçã -símbolo da Leo. O terreno é farto e diverso: há de jabuticaba a pitanga, de limão, laranja e tangerina a romã. Algumas árvores, inclusive, foram plantadas pelos filhos dos colaboradores. A missão, como defendeu e ensinou Leo Burnett, é continuar produzindo.

4 - ESTRELAS

Inspirado em uma frase do poema épico "Eneida", de Virgílio, "Assim o homem escala as estrelas", Leo Burnett pediu para colocá-la entre os símbolos da companhia. Dizia ele: "Quando você tenta alcançar as estrelas pode ser que não consiga pegar uma, mas não vai acabar com as mãos cheias de lama". A partir de 2010, a agência instituiu no mundo o prêmio "Star Reachers" ("Alcançadores de Estrela"), para as pessoas com brilho destacadas no ano.

5 - O PODER DA MAÇÃ

Desde o princípio, a fruta é o símbolo da agência. Isso porque o publicitário oferecia maçãs aos visitantes. Sarcástico, um jornalista de Chicago escreveu: "Não vai demorar muito para Leo Burnett estar vendendo suas maçãs na esquina, em vez de oferecê-las". Em sua defesa, Leo se saiu com essa: "Quando, economicamente falando, se está no fundo do poço, não dá para cair mais. Só dá para subir". Maçãs seguem como símbolos de boas-vindas.

6 - GALERIA DE OURO

A filial brasileira é uma das mais premiadas, conforme ranking do "Advertising Age", a "bíblia" da publicidade. Neste ano, conquistou 80 prêmios nacionais e internacionais. Acumulou 40 Leões em Cannes nos últimos cinco anos. "Os prêmios têm a ver com duas coisas muito simples: criatividade e respeito pelas pessoas. O resultado é melhor quando as relações são saudáveis, felizes e de ganha-ganha", diz Marcelo Reis, copresidente da agência.

7 - EXPANSÃO

A Leo Burnett possui 96 escritórios espalhados por 84 países. Hoje, são cerca de 9.000 colaboradores. Ela está entre as três redes mais premiadas do mundo. No portfólio: Coca-Cola, Samsung, Philip Morris, Fiat, P&G, Kellogg's e General Motors, entre outros. Em 2012, tornou-se subsidiária do grupo francês Publicis. No Brasil, a agência chegou há 41 anos. Hoje, são dois escritórios, um em São Paulo e outro em Brasília, com cerca de 400 funcionários.

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