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24/01/2012 - 03h00

Novas tecnologias tornam a vida do idoso mais segura e independente

FILIPE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Novos serviços e inovações tecnológicas prometem dar maior segurança para os mais velhos que, apesar de alguma dificuldade na locomoção ou de muitos lapsos de memória, querem continuar levando uma vida independente.

A designer lituana Egle Ugintaite recebeu este ano o grande prêmio da empresa Fujitisu, no Japão, ao apresentar o modelo de uma "bengala do futuro". O equipamento, batizado como "the aid" (o auxílio), serve para mais do que se apoiar. Entre as funções da bengala "high-tech" estão a medição da pressão arterial e pulsação sanguínea e um sistema de navegação GPS para que os mais esquecidos não percam o caminho de casa.

Enquanto isso não vira realidade, as pessoas que têm habilidade com smartphones já possuem recursos para não se perderem. O aplicativo Tell My Geo possui um navegador GPS e guarda um histórico de saúde do usuário para alguma emergência. Se a pessoa preferir aparelhos mais simples, a empresa Cell Design oferece o celular BP, que vem com teclas grandes para facilitar o manuseio e a visualização dos números. É compatível com aparelhos auriculares. Possui também um botão para chamar ajuda em situações de emergência e sensores de queda, que ligam para os familiares do idoso no caso de um movimento brusco. O aparelho já está disponível no Brasil pela internet.

Para quem precisa tomar muitos remédios em horários e quantidades bem definidas, a empresa americana Vitality Inc. oferece, apenas nos Estados Unidos, as Glow Caps. Elas são tampas de remédios que vêm com sensores e transmissores acoplados.

Na hora marcada para se tomar o medicamento, uma luz acende sobre a cápsula. Se, mesmo assim, a tampa não for aberta, a GlowCap aciona sucessivos alarmes sonoros. Persistindo fechada, o sistema faz uma ligação automática para um telefone cadastrado.

Também nos Estados Unidos, a Rescare, empresa que oferece serviços de home-care, possui um serviço de cuidado à distância. A tecnologia usada por ele é semelhante a de um sistema de videoconferência. O serviço, chamado "Rest Assured" (descanso garantido, em tradução livre), conecta o idoso a profissionais de saúde e familiares.

O serviço de teleassistência já está disponível no Brasil. Trata-se de um painel ligado a uma central telefônica que é instalado na casa. Em caso de emergência, o idoso aciona um alarme em forma de colar ou pulseira que fica junto com ele. O alarme avisa uma central de atendimento que ligará para telefones de pessoas que podem socorrê-lo.

CASAS ADAPTADAS

As inovações tecnológicas não se restringem a equipamentos. No futuro, será possível encontrar casas completamente adaptadas para abrigar um idoso.

O Agelab, unidade do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que estuda o envelhecimento, desenvolveu o projeto de uma cozinha capaz de monitorar as atividades que acontecem dentro dela, utilizando-se de tecnologia empregada pela Nasa para monitorar satélites.

O sistema tem como base a instalação de aparelhos de medição de amperagem (corrente elétrica) de altíssima precisão ligados a utensílios da casa. O uso dos objetos, como uma cafeteira, por exemplo, é então registrado por um servidor capaz de perceber qualquer anormalidade na rotina do idoso.

Uma das criações do AgeLab que usam esta tecnologia é uma lata de lixo "inteligente". Para isso, também usaram uma antena de rádio, minietiquetas especiais que podem ser lidas pela lixeira e uma balança digital. Dessa forma, ela consegue registrar quais itens foram consumidos e em que quantidade e enviar essas informações para parentes do idoso.

O serviço da Intel chamado GE Quiet Quare (cuidado silencioso em inglês) utiliza um conceito semelhante: sensores instalados na casa detectam os movimentos dos idosos. Portas e cápsulas de remédios também são capazes de monitorar o que está acontecendo. Um servidor armazena essas informações e, usando um código algorítmico (sequência de instruções bem definidas), analisa-as e percebe se algo está errado.

FILIPE OLIVEIRA participou da 52ª turma do programa de treinamento em jornalismo diário da Folha, que foi patrocinado pela Philip Morris Brasil, pela Odebrecht e pela Syngenta.

Editoria de Arte/Folhapress

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