Exposição na França homenageia Romy Schneider

Apesar de ter nascido na Áustria, ela encarnou a mulher francesa melhor que ninguém: Romy Schneider é considerada até hoje uma das atrizes mais amadas da França e é tema de uma exposição inaugurada nesta sexta-feira (4).

Organizada no Espaço Landowski, em Boulogne-Billancourt (oeste de Paris), a mostra "Romy Schneider, uma mulher francesa" inclui documentos inéditos, fotografias, objetos pessoais, joias e roupas da atriz, cedidos por colecionadores, instituições de arte, amigos e familiares da atriz, que começou a fazer sucesso no cinema como Sissi, a imperatriz da Áustria.

A exibição divide-se em oito salas temáticas, envolvendo o visitante na trajetória profissional, bem como na intimidade da atriz, que começou a carreira com apenas 15 anos.

	Fred Dufour/France Press
	Visitantes passeiam pela exposição sobre a atriz Romy Schneider em Boulogne-Billancourt, próximo a Paris

Cartazes originais da Alemanha e da França, além de vídeos de seus filmes famosos, exploram o percurso feito pela estrela, que teve a vida marcada por prêmios e glória, mas também pela tragédia.

Uma sala inteira é dedicada a seu trabalho com o cineasta Claude Sautet, de quem foi musa, e com quem colaborou em filmes como "As Coisas da Vida" (1970) e "César et Rosalie" (1972).

Uma das salas é dedicada ao filme "A Piscina" (1968). Através de uma projeção de luzes em movimento, o espaço é transformado em piscina, na qual os visitantes podem entrar para conhecer detalhes do papel da atriz e sobre seu diretor, Jacques Deray.

Em outra sala, cartas escritas por ela levam o visitante a descobrir a fragilidade dessa mulher, cuja vida pessoal foi marcada pelo sofrimento.

Primeiro, a separação do grande amor de sua vida, o ator francês Alain Delon, com quem permaneceu por cinco anos.

Efe

Romy Schneider ficou famosa ao interpretar a imperatriz Sissi

Depois, a morte do ex-marido Harry Meyen, em 1979. E, principalmente, a tragédia de perder o filho David, de 14 anos, que se feriu mortalmente nas grades dos jardins da casa de seus avós, na periferia de Paris.

A atriz nunca superou essa tragédia. No dia 29 de maio de 1982, dez meses depois do acidente, Romy Schneider, com apenas 44 anos, foi encontrada sem vida em seu apartamento de Paris.

"As atribulações da vida provocaram nela uma dor latente. Poucas atrizes foram tão belas e tão comoventes. Era uma estrela e, ao mesmo tempo, pessoa tão familiar," afirmou Jean-Pierre Lavoignat, crítico de cinema e curador da exposição.

A mostra faz parte de uma temática maior, "Atores e Sociedade," iniciada com uma homenagem a Brigitte Bardot.