Lagos, montanhas e florestas desenham a paisagem de Banff, no Canadá
Quem vai a qualquer cidade do Canadá não deixa de se surpreender com as paisagens naturais. E algumas das mais impressionantes estão na Província de Alberta, a mais de 3.500 quilômetros de Montréal. É lá que está Banff, extensa reserva natural nas montanhas Rochosas.
Duas datas descrevem a reserva: 1885, quando foi criado o parque nacional que passou a proteger a paisagem, e 1984, quando a Unesco classificou a região como patrimônio da humanidade.
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Em Alberta, vizinha à Colúmbia Britânica, a cidadezinha de Banff, com pouco mais de 6.000 habitantes e centro demográfico do parque, fica a 130 quilômetros a oeste de Calgary, aeroporto mais próximo para acesso.
Divulgação | ||
Turistas passeiam ao redor do lago Louise, em Banff |
É algo singular para o olhar brasileiro. As florestas têm a predominância de coníferas, uma espécie de pinheiro que não se desfolha no inverno.
As montanhas são rochosas mesmo, pedras monolíticas que, no parque, chegam a uma altura de 3.612 metros. Algumas estão durante todo o ano cobertas de neve.
As encostas, com trilhas bem sinalizadas, permitem passeios. Os mais longos têm até 20 quilômetros, mas, para quem tem preguiça, a paisagem, de uma beleza quase agressiva, é absolutamente fotogênica --olhar para qualquer lado já é o bastante.
O ponto mais alto a que o turista comum consegue chegar (alpinistas podem ir além) é a montanha do Enxofre (Sulphur Mountain). Há um bondinho (US$ 34; cerca de R$ 77) que galga 698 metros até o topo, localizado a 2.821 metros de altura.
O parque nacional de Banff tem também imensos lagos alimentados pelo derretimento da neve. O mais conhecido é o Louise, nome em uma homenagem à quarta filha da rainha Victória, localizado junto a uma geleira.
O lago tem 2,5 quilômetros de comprimento e 90 metros de profundidade. Não muito distante está o Moraine, também cercado de montanhas e com uma paisagem perfeitamente alpina.
Toda a região, ocupada por civilizações indígenas, tornou-se acessível em 1875, com a chegada da estrada de ferro que uniria o Canadá do Atlântico ao Pacífico.
Três ferroviários descobriram fontes de água quente, já conhecidas dos nativos, e passaram a explorá-las como embrião de um polo turístico.
O governo expropriou as fontes --no local, há hoje um pequeno museu, que dá acesso à antiga caverna com piscina natural de água quente-- e delimitou o parque nacional. Banff foi o primeiro do Canadá e o segundo da América do Norte, depois de Yellowstone, nos Estados Unidos.
TRILHAS E BOA MESA
Por lá, é possível fazer esqui, montanhismo, passeios por trilhas, ciclismo e, como não poderia deixar de ser, provar da alta gastronomia.
Os hotéis luxuosos centenários, como Fairmont Château Lake Louise, e os mais modernos --Rimrock Resort, por exemplo-- têm excelentes restaurantes.
Na cidadezinha de Banff, vale a pena provar o fondue da Grizzly House. Um casal janta por US$ 53 (R$ 120).
O restaurante, bastante procurado por turistas, recomenda que se faça reserva.
O jornalista viajou a convite da CTC (Comissão Canadense de Turismo)
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