Sousas e Joaquim Egídio têm clima de roça perto de São Paulo
Sombras de um passado movido a café são vistas aqui e ali em Sousas e Joaquim Egídio, distritos de Campinas que ficam a 100 quilômetros de São Paulo.
Para quem gosta de dirigir, o passeio de fim de semana começa ao acessar a rodovia dos Bandeirantes. A estrada com pedágio tem bom asfalto e velocidade máxima permitida de 120 km/h. Cuidado com motoristas e motociclistas pouco educados: eles abusam dos limites e, não raro, ultrapassam pela direita.
Sousas é o primeiro local a surgir após os trechos de autopista. Trata-se de um distrito mais urbano, com alguns condomínios novos. A vida rural está escondida em trilhas pela Serra das Cabras, que podem ser percorridas a pé ou de bicicleta.
Para crianças, há opções como o Belmonte Entretenimento, um espaço com arvorismo, tirolesa e pôneis.
É em Sousas que estão os restaurantes mais sofisticados, como o francês Le Troquet e o italiano Ca' Di Mattone.
A maior dificuldade é conseguir hospedagem: há poucas pousadas na região, o que força o turista a pernoitar nos hotéis de Campinas.
Bastam mais quatro quilômetros de estrada para cruzar a divisa com Joaquim Egídio. O percurso tem ares de roça, repleto de residências e pequenos comércios.
Vez por outra uma loja de artigos luxuosos desponta na paisagem. É sinal de que o PIB na região há tempos não se limita à renda gerada por pequenas plantações, surgidas após o declínio da cafeicultura, no fim dos anos 1920.
A estação de trem desativada –a linha férrea deixou de operar em 1960– foi reformada no início dos anos 2000 e mantém a antiga grafia, "Egydio". O nome do distrito homenageia um dos barões do café no século 19.
CASARIO ANTIGO
Apesar do bom estado de diversas construções, não espere encontrar um centro repleto de locais históricos.
O casario antigo está espalhado pelos distritos, com uma pequena concentração na área central de Joaquim Egídio. Ali há bares em que moradores e turistas bebem sentados na calçada.
A construção mais imponente e preservada é a atual sede da subprefeitura da região. De acordo com a secretaria de turismo de Campinas, o antigo casarão foi construído no fim do século 19 para ser um comércio. Com o declínio das lavouras, o local foi desmembrado. Após um processo de desapropriação, em 1981, passou à administração do poder público.
Alguns restaurantes de Joaquim Egídio têm visual rústico, culinária criativa e fila de espera nos fins de semana. Vale visitar o Estação Marupiar e o Vila Paraíso.
Se o turista pernoitar na região e puder ficar até o fim da tarde de domingo, uma opção é percorrer os 12 km de asfalto (e outros 5 km de chão batido) que ligam o centro de Joaquim Egídio ao Observatório Nacional de Campinas.
Como só há um dia disponível para visitação e com horário restrito (de 17h às 21h), vale consultar o site do local antes de se aventurar (observatorio.campinas.sp.gov.br ).
Há outro empreendimento voltado à observação do céu na região: o Museu Aberto de Astronomia, que está funcionando parcialmente.
O lugar fica no parque Pico das Cabras (em frente ao observatório municipal) e está sendo construído por um empresário da vizinha Paulínia. Já são realizados alguns eventos e palestras no local, onde há um rádio telescópio com dez metros de diâmetro.
Segundo o astrônomo Emerson Roberto Perez, haverá um encontro para observação do próximo eclipse solar, no domingo de Carnaval (26 de fevereiro). E um planetário está em construção, com término previsto para março.
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COMO CHEGAR
Como chegar a Joaquim Egídio e Sousas
Pegue a rodovia dos Bandeirantes e siga pela José Roberto Magalhães Teixeira até a saída para a Dom Pedro I. Saia pela Avenida Dr. Antônio Carlos Couto de Barros, que leva até Sousas
PREVISÃO DO TEMPO
Sábado (28): de 19°C a 29ºC
Domingo (29): de 19ºC a 31ºC
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