Folsom celebra memória de Johnny Cash, que fez fama em prisão local

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FERNANDA EZABELLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE FOLSOM (CALIFÓRNIA)

De longe, parece um castelinho europeu, com um casal de veados compondo a paisagem. De perto, a segurança pesada dá a dica de que se trata de outra coisa. É a entrada da infame Prisão Estadual de Folsom, a segunda mais antiga da Califórnia, que fica a duas horas de carro de São Francisco.

Seu detento mais célebre, no entanto, nunca foi condenado à prisão na vida. Ainda assim, gente do mundo todo aparece para visitar o inusitado museu da penitenciária e para conhecer uma recém-inaugurada trilha ao seu redor, em homenagem ao homem de preto que colocou Folsom no mapa.

Johnny Cash (1932-2003) não atirou num homem em Reno só para vê-lo morrer, tampouco se viu preso na tal penitenciária californiana, como canta em Folsom Prison Blues, de 1955. O barulho do trem, aliás, com o qual inicia a música, também é imaginário, já que não existem estações na vizinhança.

Mas suas passagens pela prisão, quando fez shows para os detentos e gravou um álbum ao vivo, deixou marcas tão profundas na cidade de 77 mil habitantes que até hoje há quem acredite piamente que o músico cumpriu pena em Folsom.

Cash chegou a ser preso algumas vezes por embriaguez e posse de drogas, mas nunca ficou encarcerado por mais de uma noite. Ainda assim, virou uma espécie de padroeiro dos presidiários graças a suas músicas sobre forasteiros, shows em prisões e quatro discos gravados ao vivo em penitenciárias. At Folsom Prison foi o primeiro deles. Lançado em 1968, reabilitou a carreira do cantor e atingiu o primeiro lugar nas paradas de música country.

Criado em 1975, o museu de Folsom Prison é uma oportunidade para os fãs de Cash conhecerem um pouco da história do local, fundado em 1880, ver fotografias, cartazes e reportagens sobre suas visitas, além de ser o mais perto que podem chegar do portão cartão-postal da prisão.

Em exibição, estão armas caseiras apreendidas, de facas a pistolas, explicações sobre tatuagens de gangues, reconstrução de uma cela com um manequim de presidiário, e até uma roda gigante de 2 metros feita por um detento com 250 mil palitos de dente.

Há também menções a ilustres que de fato ficaram presos no local, como o ator Danny Trejo (Machete).

Um vídeo conta como os muros de granito foram levantados pelos próprios presos, nos anos 1920, e como eles viviam em condições bastante precárias, uma das bandeiras que Cash levantou, para desespero de sua gravadora, obviamente antes dos álbuns virarem sucessos.

No total, 93 presos foram enforcados em Folsom até 1937. Com capacidade para 2.000 presos, tem hoje 2.351, um pouco abaixo dos quase 3.000 de 2012, antes de o sistema penal passar por uma reforma no Estado. Da prisão, saem todas as placas de carros da Califórnia, numa fábrica que emprega 116 detentos.

No museu, há lembrancinhas como adesivos para carros (com a frase passei um tempo na prisão de Folsom), chaveiros em formato de algemas, palhetas de guitarra, caixinhas de balas de menta decoradas com a figura de Cash, camisetas e canecas. Mais de 10 mil pessoas visitam o espaço anualmente.

Crédito: Editoria de Arte/Folhapress Nos passos de Johnny Cash
Nos passos de Johnny Cash

TRILHA COMEMORATIVA

O número deve aumentar com a abertura em outubro da segunda fase da Johnny Cash Trail, uma trilha de 4 km para bicicletas, corredores e caminhantes que leva do centro histórico da cidade ao lago local, passando pela estrada da prisão. Pelo caminho, uma ponte exibe duas torres que imitam a entrada de Folsom. O projeto de US$ 8 milhões ainda prevê um parque com o nome de Cash, um anfiteatro e oito esculturas.

PACOTES PARA A CALIFÓRNIA

US$ 780 (R$ 2.514)
Sete dias de locação de motorhome que acomoda até três pessoas, com cozinha e gerador, em Los Angeles. Turista tem 500 milhas (804 km) para viajar por onde quiser, antes de devolver o veículo também em Los Angeles. Valor não inclui passagem aérea para a cidade. Na Gold Trip

US$ 1.267 (R$ 4.085)
Sete noites na Califórnia, entre Los Angeles e São Francisco. Sem refeições ou passeios, mas com traslado e seguro-viagem. Valor por pessoa, sem passagem aérea. Na Gold Trip

R$ 4.790
Três noites por pessoa em South Lake Tahoe. Sem passeios, extras ou refeições, mas com passagem aérea incluída. Na Expedia

R$ 4.869
Pacote de sete noites por pessoa na Califórnia (três em Los Angeles e quatro em San Diego), com café da manhã e aluguel de carro (com seguro). Inclui passagem aérea. No Hotel Urbano

R$ 4.950
Três noites por pessoa em Folsom, em acomodação com café da manhã. Inclui passagem aérea. Na Expedia

R$ 5.319
Nove noites entre a Califórnia (Los Angeles e San Diego) e Nevada (Las Vegas), com aluguel de carro com seguro, com passagem aérea. Não inclui alimentação. No Hotel Urbano

US$ 1.894 (R$ 6.397)
Sete noites entre Califórnia (Fresno, São Francisco e Santa Maria), Grand Canyon (Arizona) e Las Vegas (Nevada), com café da manhã. Inclui passeios e traslados. Sem passagem aérea. Na Visual Turismo

US$ 2.483 (R$ 8.005)
Pacote de cinco noites por pessoa na Califórnia (três em São Francisco, uma em San Luis Obispo e três em Los Angeles), com café da manhã. Inclui traslados, guia brasileiro, passeios pelas cidades e ingresso para o Universal Studios Hollywood. Sem aéreo. Na 55 Destinos

US$ 3.090 (R$ 9.963)
Sete noites na Califórnia, com hospedagem nas cidades de São Francisco, São Luis Obispo e Los Angeles, em hotéis com café da manhã. Inclui passeios, inclusive a outras cidades, e guia brasileiro. Valor por pessoa. Sem passagem aérea. Na Flot

R$ 15.950
Onze noites na Califórnia, entre Santa Mônica, Santa Bárbara, Half Moon Bay, São Francisco e as regiões de Big Sur e Napa Valley, com café da manhã. Inclui locação de veículo. Valor por pessoa, sem passagem aérea. Na Interpoint

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