Cascatas e spa natural com água quentinha são passeios típicos islandeses

Há cerca de 10 mil cachoeiras no país, incluindo a mais forte da Europa, cenário de 'Prometheus'

Diogo Bercito
Reykjavík

Os passeios típicos do inverno islandês, exceto a caça à aurora boreal, estão relacionados à neve e ao gelo que cobrem o país nesse período.

Por questões de logística, é bastante comum o visitante recorrer a agências especializadas, que podem oferecer, por exemplo, botas adaptadas ao cenário congelado.

Uma das aventuras possíveis é a caminhada em geleiras, nome dado às massas formadas por neve compactada. É possível zanzar pela geleira de Sólheimajökull, a 160 km de Reykjavik, em um tour de apenas um dia por preço equivalente a R$ 350, incluindo o transporte.

Essa caminhada, somada à escalada em uma parede de gelo azul, chega a R$ 640. Existem outras combinações possíveis, a depender da agência de turismo que for contratada. Seus escritórios estão no centro da capital e praticam preços bastante semelhantes entre si.

Como a maior parte dessas atrações está a algumas horas de carro de Reykjavik, é comum que os pacotes incluam bônus, como paradas curtas na cachoeira de Skógafoss. Combos mais longos misturam caminhadas, escaladas e mesmo a busca noturna pela aurora.

Outro passeio típico do inverno, apesar de estar disponível também no período do verão, é a visita a uma caverna de gelo dentro da geleira de Langjökull.

Um pacote incluindo também cachoeiras e fontes de água termal pode, no entanto, gelar o coração de quem estiver com orçamento limitado. Em uma das empresas consultadas pela reportagem, custava mais de R$ 920.

Mas visitar a Islândia durante o inverno não obriga o turista a buscar apenas atividades na neve ou no gelo. Parte das atrações tradicionais continua aberta durante todo o período frio.

O clássico absoluto são as cachoeiras, estimadas em mais de 10 mil no país. Essa ilha é especialmente propensa ao fenômeno devido à mistura entre chuva, neve e derretimento natural de geleiras. É fácil identificar as quedas d´água no mapa: seus nomes terminam em "foss".

Dettifoss, por exemplo, é considerada a mais potente da Europa. É o cenário dos primeiros minutos do filme "Prometheus" (2012), razão pela qual se tornou querida entre fãs de ficção científica.

 
 

Quem não quiser pensar tanto na viagem nem traçar seu próprio roteiro pode recorrer ao básico Círculo Dourado (Golden Circle, nos pacotes turísticos): um tour de 300 quilômetros que passa pelas três atrações mais populares do país: parque Thingvellir, Geysir e Gullfoss.

O parque Thingvellir, considerado um patrimônio da humanidade pela Unesco, é onde as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte se encontram, formando um impressionante vale.

Já Geysir é onde jatos de água fervendo são naturalmente disparados em intervalos de cinco a dez minutos.

Gullfoss é, como indica o "foss" de seu nome, uma cachoeira --e das mais impressionantes do país.

É possível fazer o Círculo Dourado sozinho, apesar de as estradas se tornarem mais complicadas com a chuva, a neve e o gelo do inverno --às vezes é aconselhável recorrer a carros adaptados ao clima, de aluguel mais caro.

A alternativa é buscar um passeio de miniônibus, que pode custar R$ 320 por pessoa para um trajeto de seis horas durante a tarde.

Para quem insistir em tomar o volante, há informações disponíveis na internet sobre as estradas, em inglês.

As companhias de aluguel oferecem informações valiosas sobre os riscos relacionados ao gelo e ao vento --e sugerem diversos tipos de seguro, por via das dúvidas.

O encerramento da viagem à Islândia costuma ser o spa geotermal Lagoa Azul (Blue Lagoon). Próxima ao aeroporto e incluída nos trajetos de ônibus, com água rica em minerais a 39°C, essa atração oferece o calorzinho que provavelmente faltou durante toda a viagem.

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