Enoturismo na região do vinho verde está só começando em Portugal

Noroeste do país é cenário de cidades históricas como Braga e Valença do Minho

Minho

​Pouco explorada por turistas brasileiros, a região noroeste de Portugal, que fica próxima ao rio Minho, leva o nome de Vinho Verde, seu produto mais conhecido.


Por muito tempo esse tipo de vinho foi visto com desconfiança até mesmo entre portugueses. Na última década, porém, houve uma espécie de ressurgimento da bebida, como resultado de investimentos feitos na modernização das técnicas de cultivo e de produção, que permitiram um salto de qualidade.


O vinho verde não tem coloração esverdeada. Pode ser branco, tinto, rosé ou espumante. Há alguma controvérsia sobre a origem do “verde”. A versão mais aceita entre especialistas é que a cor se refere à vegetação abundante da área em que esse tipo de vinho é produzido.


A região foi demarcada em 1908. É, em termos geográficos, a maior de Portugal e uma das mais extensas do continente europeu. 


Essa parte de Portugal é famosa também pela qualidade dos vinhos brancos que produz devido à forte influência dos ventos do oceano Atlântico, ao clima ameno e ao solo rico em granito. 


O território divide-se ainda em nove sub-regiões produtoras, que geram bebidas com grandes diferenças entre elas: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção/Melgaço, Paiva e Sousa.


Entre as castas que dominam a região, vale provar duas em especial: o alvarinho e o loureiro, uvas brancas que fornecem vinhos frescos.

O enoturismo ainda é recente na região: o primeiro complexo voltado totalmente para isso surgiu em 2005.
Já há uma boa estrutura, mas é sempre bom o viajante entrar em contato com a propriedade produtora, por email ou por telefone, para reservar o passeio. Muitas das quintas fecham nos finais de semana, têm horários de visitação restritos ou atendimento limitado.


Quem visita o noroeste português na primavera vê todo o esplendor da paisagem. No outono e no inverno, o charme fica por conta do alaranjado típico dos meses frios e das lareiras que convidam à apreciação de um bom vinho.


O Palácio da Breijoeira, em Monção, é um dos principais produtores de vinho verde.
Como o próprio nome já deixa claro, a propriedade centenária remonta aos tempos da realeza. Até hoje guarda a atmosfera pomposa em seus salões. As uvas, plantadas na década de 1970, são da casta alvarinho, marca registrada da região.


Há diversas opções de tour pelo palácio e pelas vinhas, sempre terminando com uma degustação de vinhos.


Se depois de todo o vinho, bater uma vontade de tomar algo sem álcool, a propriedade tem ainda uma casa de chá, com doces regionais.


Já o Monverde Wine Experience Hotel se destaca pela modernidade. Inaugurado em maio de 2015, o estabelecimento, que além de produção de vinho também conta com hotel, spa e restaurante, ganhou, seis meses depois, o prêmio “Best of Wine Tourism”, com destaque para o design e a arquitetura do empreendimento.


No prédio principal há uma instalação do artista português Paulo Neves. Presas ao teto em diferentes alturas, 366 folhas esculpidas em madeira flutuam pelo ambiente. A obra foi batizada de “Chuva de Folhas”.


O complexo está inserido em uma fazenda com 22 hectares de plantações de uvas, visíveis de qualquer ponto. Há alternativas de percursos para caminhada entre as vinhas e, em setembro, pode-se participar da vindima —colheita das uvas para a fabricação do vinho.


No resto do ano, porém, não faltam atividades. Além de jantares com vinhos harmonizados, há cursos, workshops dedicados ao tema e degustações comentadas por especialistas.


Além do vinho

Quem visita a região pode aproveitar para dar uma paradinha em Braga. Com uma vida universitária vibrante, a cidade tem vida noturna agitada e muitas igrejas. As duas mais famosas são a Sé de Braga, construída no século 11, e o santuário do Bom Jesus do Monte, que, como o próprio nome indica, está instalado no topo de uma colina. 

Os cerca de 600 degraus são bonitos, mas não precisam ser encarados. Há a opção de um providencial elevador funicular.

Distante apenas 25 quilômetros, Guimarães, considerada o berço de Portugal, também é repleta de charme histórico, com destaque para seu castelo.


Mais ao norte, já na fronteira com a Espanha, há a simpática Valença do Minho, cujo centro histórico parece uma viagem ao passado medieval português.


A região onde está a cidade é ocupada desde a pré-história, mas o monumento mais importante do lugar foi construído cerca de 2.000 anos atrás: a fortaleza.


Por lá há uma série de lojinhas, restaurantes, igrejas e mirantes com vistas espetaculares. Um local perfeito para passar um dia sem pressa.

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A jornalista viajou a convite da TAP


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