Descrição de chapéu Álbum de viagem

Fotógrafo registra charme improvisado de Cabo Polônio, no Uruguai

Marcos Muniz visitou a vila hippie pela primeira vez em 2014, durante viagem de carro

São Paulo

Cabo Polônio, no litoral do Uruguai, é o destino certo para experimentar a vida em uma comunidade independente, diz o fotógrafo paulista Marcos Muniz, 34. 

A sua primeira visita a esse parque ecológico foi em 2014, durante viagem de carro pela costa do país. A ideia de registrar a arquitetura veio do encanto dele com a estrutura improvisada das casas, que parecem paradas no tempo.

A vila fica a 260 quilômetros da capital, Montevidéu. Seus primeiros moradores foram hippies, que se instalaram ali na década de 1960.

Eles ergueram as próprias casas. As estruturas de madeira, típicas do litoral uruguaio, são sobras de material de construção. Batentes e colunas são coloridos.

Não há eletricidade ou esgoto, mas um sistema individual de coleta de resíduos. 

São poucas as construções de alvenaria, usadas como casas de veraneio. O turismo é a principal fonte de renda dos cerca de cem moradores –alguns fizeram de suas casas hostels ou restaurantes. 

As atividades à disposição dos visitantes são rodas de música em volta da fogueira e observação de lobos-marinhos nas ilhas próximas.

Para chegar até lá, os turistas podem deixar o carro na entrada da reserva ambiental. Depois, atravessam cerca de oito quilômetros de dunas até o centro da vila em um 4x4 (230 pesos uruguaios, ou R$ 28, a viagem de ida e volta, por pessoa).

Muniz gostou tanto do vilarejo que o visitou novamente no ano seguinte. "Além da recepção fantástica, lembro dos campos com dentes de leão e cogumelos, o que completava a atmosfera surreal", diz.

Ele trabalha como fotógrafo há dez anos e é especializado em retratos de grupos étnicos. Em 2014, foi premiado com uma bolsa no Prêmio Brasil de Fotografia, com a qual desenvolveu uma série sobre a comunidade religiosa menonita na Bolívia.

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