No início deste ano, Berlim ganhou um novo museu. Mas o projeto não foi desenvolvido por museólogos ou especialistas em arte: o Museu do Capitalismo nasceu de uma iniciativa de oitos estudantes e jovens profissionais com formações em diversas aéreas que desejam, por meio da exposição, promover a reflexão sobre o mundo em que vivemos.
A ideia para o museu surgiu em 2014, quando o grupo organizou a primeira exposição temporária sobre o tema. Outras exposições foram realizadas, até que neste ano o coletivo conseguiu um financiamento de agências que promovem iniciativas políticas e de jovens no âmbito europeu e berlinense, para abrir, segundo os organizadores, o primeiro Museu do Capitalismo do mundo.
Com o financiamento, os organizadores conseguiram garantir o aluguel do espaço por um ano. Depois disso, seu futuro é incerto. Com entrada gratuita, o museu funciona principalmente devido ao apoio de voluntários.
Nos seus 150 metros quadrados, os visitantes são convidados a interagir com a exposição e pensar sobre o capitalismo e alternativas a esse modelo econômico.
"Todos são arquitetos da sua fortuna. Mas até que ponto isso é real? Como a riqueza é distribuída?", questiona o início da exposição. A primeira parte desta jornada reflete os impactos do capitalismo e da sociedade de consumo criada com esse modelo econômico.
A reflexão é estimulada com exemplos cotidianos, por exemplo, ao revelar a exploração ambiental e trabalhista escondida na produção de uma simples camiseta e mostrar que, se os lucros implícitos no valor da venda desta peça fossem um pouco menores, poderia ser possível produzir de um maneira mais justa e sustentável.
Ao longo do museu, o visitante também é apresentado a conceitos básicos do capitalismo, como capital, acumulação, trabalho e crise, e suas falhas. O final da exposição se concentra na reflexão sobre alternativas ou o aperfeiçoamento desde modelo econômico.
O Museu do Capitalismo fica na Köpenicker Strasse 172 e abre quartas e quintas-feiras entre as 16h e as 20h e domingos das 14h às 20h.
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