Cores, paisagens e pessoas do Marrocos foram registrados pelo fotógrafo e publicitário mineiro Mateus Lustosa, 25, em um ensaio fotográfico.
O roteiro da viagem incluiu as cidades de Chefchaouen, Fez, Marrakech e Rabat. A primeira delas foi a preferida do rapaz. “Com construções pintadas de azul, muitos mercados de rua e cultura pouco ocidentalizada, Chefchaouen é um vilarejo apaixonante", diz ele.
Andar de trem rumo a Rabat com a Cordilheira do Atlas e o deserto do Saara como cenários foi um dos pontos altos da jornada, feita em 2015, diz ele: "Era neve de um lado e deserto do outro."
As paisagens encantaram Mateus, mas a sua foto preferida do ensaio é de uma moradora de Chefchaouen. "Ela subia a escadaria correndo, rindo de alguma coisa. O vermelho do seu lenço chamou a minha atenção", conta.
Ele diz, contudo, que as mulheres marroquinas não gostam de ser fotografadas por se sentirem expostas, e passou por uma situação complicada no país por causa disso.
"Eu ia fotografar um prédio, e duas mulheres, mãe e filha, acharam que tiraria foto delas. Gritaram em árabe e pegaram pedras para jogar em mim", diz.
Ele afirma que foi um episódio isolado que ocorreu no penúltimo dia da viagem. "Foi um descuido. Passei dez dias no país com o cuidado de não expor qualquer pessoa", conta.
Evitava, por exemplo, fotografar os rostos das mulheres. A personagem da sua foto preferida, segundo ele, se virou na hora em que iria registrá-la em meio às construções azuis.
Apesar disso, conta que a recepção dos marroquinos foi bastante calorosa. Diz que têm muito carinho pelos brasileiros e que não se esquecem de quando o Atlético Mineiro jogou em Marrakech contra o Raja Casablanca durante o Mundial de Clubes da Fifa, no fim de 2013.
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