Descrição de chapéu Álbum de viagem

Fotógrafo inglês criticado por imagens 'artificiais' prepara novo livro

Jimmy Nelson, 50, registrou comunidades indígenas que habitam regiões remotas

São Paulo

Seja nas florestas tropicais da Papua-Nova Guiné ou nos desertos do Sudão do Sul, o fotógrafo inglês Jimmy Nelson, 50, dedica-se a registrar os trajes e pinturas típicas de comunidades indígenas que habitam regiões remotas do planeta.

Nelson tem um livro publicado, "Before They Pass Away" (antes que desapareçam), de 2013, e se prepara para lançar a continuação, "Homage to Humanity" (homenagem à humanidade), no segundo semestre de 2018. Não há previsão de edição no Brasil.

A primeira obra foi alvo de críticas, porque os membros das comunidades foram fotografados em poses consideradas artificiais.

O fotógrafo justifica sua linguagem afirmando que a intenção é gerar empatia naqueles que veem as imagens. "São comunidades e culturas reais que correm o risco de desaparecer se não forem tratadas como iguais", afirma.

O fotógrafo diz fazer as fotos quando está prestes a ir embora das comunidades. As expedições costumam durar até seis semanas —a maioria é usada para conhecer a cultura e estabelecer uma relação com os moradores. Para ele, esse é o quesito mais importante em viagens que envolvam novas culturas.​

Para o segundo volume, Nelson voltou a algumas das regiões para mostrar o resultado do trabalho e saber o que achavam das imagens. Segundo ele, todas as reações foram positivas. "A curiosidade maior era saber qual foi a impressão que outras culturas tiveram deles."

O lançamento de "Homage to Humanity" será acompanhado de um aplicativo para smartphone que apresentará a história e cultura de cerca de 40 povos, incluindo entrevistas e vídeos em 360º. A plataforma também terá espaço para comentários.

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