Maior navio de cruzeiro do verão brasileiro aproxima viajante do mar

MSC Seaview chega ao país em dezembro com capacidade para 5.331 passageiros e passarela 360 graus

Gênova (Itália)

Talvez não seja um bom agouro lembrar do início de "Titanic" quando se está prestes a embarcar num navio, mas é a memória que vem à mente no porto de Gênova, na Itália, frente ao MSC Seaview, maior navio de cruzeiros a chegar ao Brasil. Como o vilão do filme, Cal, é difícil não se impressionar com o tamanho do barco.

Lançado na última semana na cidade italiana, o Seaview tem capacidade para 5.331 passageiros (como comparação, havia menos de 3.000 no Titanic) e é irmão gêmeo do MSC Seaside, inaugurado em dezembro de 2017 em Miami.

São dois navios feitos para climas quentes: o Seaside circula no Caribe, e o Seaview se alternará entre a região do Mediterrâneo, na Europa, e o Brasil, onde chega em dezembro, sempre aos verões de cada continente.

É a embarcação da MSC com mais espaço externo --como os brasileiros gostam, diz Gianni Onorato, diretor-executivo da MSC Cruzeiros.

Há uma passarela que contorna o navio e muitas janelas e portas de vidro para que os passageiros vejam o mar o tempo todo. Os destemidos podem passar por uma ponte de vidro no 16º andar e ver a água lá embaixo.

Durante o dia, o navio lembra um misto de shopping, com lojas, bares e parquinhos, com hotel (são longuíssimos corredores com 11 tipos de cabine). Há muitos espelhos, muitas luzes e muito brilho --umas escadas têm degraus cobertos de cristais Swarovski.

É uma experiência do tipo "escolha sua aventura". Quer se sentir em Las Vegas? Sente-se em uma das 144 máquinas caça-níqueis com temas que vão de "O Poderoso Chefão" à Mulher Maravilha. 

Quer passar o dia comendo? São oito restaurantes, incluindo um do chef espanhol Ramón Freixa, que tem duas estrelas no "Guia Michelin".

Dá até para colocar botox em alto mar: o Seaview, como o Seaside, tem a maior área de spas da frota da MSC.

De noite, o navio vira uma balada, que integra os 11 bares, nos espaços internos e externos. Telões passam a mostrar imagens psicodélicas numa festa temática de anos 1970, por exemplo, enquanto tripulantes vestidos de Village People distribuem colares havaianos.

"É um navio feito para estar vivo de noite e de dia. Menos de manhã, porque brasileiro gosta de acordar tarde", brinca Onorato.

A partir de fevereiro, a embarcação deverá ter um sistema de respostas ativado por voz, como a Siri, do iPhone, que tirará dúvidas dos passageiros até em português.

Na temporada de verão no Brasil, a embarcação fará roteiros de 6 a 7 noites para o Nordeste, o Sul e o Sudeste e minicruzeiros de 3 a 4 noites com escalas em Balneário Camboriú, Ilhabela, Ilha Grande, Porto Belo, Búzios, Ilhéus e Salvador.

Já é possível comprar passagens para a temporada 2019/2020. Além do Seaview, sairão do Brasil os navios MSC Fantasia, Poesia e Sinfonia. Já o MSC Musica fará cruzeiros partindo de Buenos Aires.

A jornalista viajou a convite da MSC

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