Governo italiano diz que vai acabar com gratuidade em museus aos domingos

Para novo ministro de Bens Culturais do país, a medida só serve como publicidade

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Pessoas em fila
Filas nas Gallerie degli Uffizi, em Florença, em domingo de entrada gratuita - Claudio Giovannini/Ansa
Nápoles | Ansa

O novo ministro dos Bens Culturais da Itália, Alberto Bonisoli, afirmou nesta terça-feira (31) que abolirá o programa de visitas gratuitas em museus do país no primeiro domingo de cada mês.

A medida foi instituída em junho de 2014, pelo então ministro Dario Franceschini, do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), como uma forma de incentivar o público a conhecer o patrimônio cultural e arqueológico italiano.

Ao todo, os "domingos gratuitos" englobam quase 500 museus, sítios arqueológicos e monumentos administrados pelo Estado e já atraíram mais de 10 milhões de visitantes.

No entanto, para Bonisoli, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), o programa funcionou apenas como publicidade e não deve ser obrigatório.

"Se continuarem assim, os domingos gratuitos seguirão em uma direção que não agrada a ninguém. Não mudaremos nada no verão [europeu], mas depois as coisas mudarão. Deixarei maior liberdade aos diretores, se quiserem colocar um domingo gratuito, tudo bem, mas a obrigação não funciona", justificou.

Segundo Bonisoli, é um problema quando o governo obriga um local como Pompeia, um dos locais mais visitados da Itália, a abrir gratuitamente no primeiro domingo de agosto, mês de intenso fluxo turístico no país.

Franceschini, idealizador do projeto, protestou nas redes sociais. "Por que interromper, Bonisoli? Repense. As coisas que funcionam não têm coloração política. Não faça os italianos e a cultura pagarem por um desejo de descontinuidade política", disse.

Outros locais incluídos no programa são o Parque Arqueológico do Coliseu e o Pantheon, em Roma, as Gallerie degli Uffizi e a Galleria dell'Accademia, em Florença, e o Castelo Sforzesco e a Pinacoteca de Brera, em Milão.

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