Bosque e praia são contraponto ao calor em Sharjah, nos Emirados Árabes

Ilha com irrigação permanente e borboletário de xeque é atração ao ar livre

Bruno Molinero
Sharjah

A época ideal para visitar Sharjah, nos Emirados Árabes, é entre os meses de novembro e abril, quando as temperaturas ficam entre 30°C e 35°C —um alívio, já que de julho a setembro o calor pode chegar a 45ºC.

Por causa disso, o destino não esbanja opções ao ar livre, como locais para praticar exercícios ou ciclovias para pedalar no fim de semana.

Uma delas é a ilha Al Noor, que conta com um pequeno bosque onde visitantes podem caminhar cercados de vegetação. A mata só sobrevive ali com a ajuda de um sistema ininterrupto de irrigação. Quando a garganta pede um pouco de água, a opção é se refugiar numa lanchonete com ar-condicionado. Mas prepare o bolso. Uma água pequena custa 11 dirham (cerca de R$ 11).

Al Noor tem ainda um borboletário com aproximadamente 500 insetos adultos, lagartas e casulos. Todos são de espécies que vivem no Oriente Médio e pertencem ao xeque que governa Sharjah, Mohammed Al-Qasimi. O acesso está incluso na entrada para a ilha, que sai por 50 dirham (R$ 52,50) por pessoa. 

Em frente à ilha, fica a mesquita Al Noor, que pode ser visitada por turistas. O local é tão silencioso que algumas pessoas aproveitam o chão forrado por carpete para dormir no local após o almoço. 

O ambiente, e o sono dos dorminhocos, só se agita durante as cinco orações diárias. Com a mesquita cheia de fiéis, fica difícil achar espaço entre as colunas, os arcos e os exemplares do Corão à disposição em estantes nas paredes. 

Dali, o turista que conseguir caminhar pela rua por cerca de 15 minutos, vencendo a areia que dança pelo asfalto, chegará a Al Majaz. A mistura de parque e praça concentra restaurantes, cafés e sorveterias. Há marcas locais e internacionais, entre elas Tim Hortons e Shakespeare & Co.

Para quem gosta de calor, a praia é uma boa pedida. A faixa de areia é dividida entre áreas públicas e particulares, geralmente pertencentes a hotéis. Ambas são separadas por um muro vazado. 

De um lado, estrangeiros bebem mojito sem álcool e acenam para garçons que servem canapés na piscina. Do outro, moradores da cidade jogam bola e acompanham suas mulheres, muitas delas vestidas de véu e com o corpo todo coberto. A sensação térmica beira os 50°C. 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.