Grupo Fasano inaugura hotel com identidade mineira em Belo Horizonte

Empreendimento de luxo tem 77 quartos; diárias custam a partir de R$ 1.075

Naief Haddad
Belo Horizonte

O grupo Fasano acaba de inaugurar seu terceiro hotel de perfil urbano. Depois de São Paulo e Rio, é a vez de Belo Horizonte receber o novo empreendimento.

As demais unidades são resorts de luxo na praia (Angra dos Reis e Punta del Leste, no Uruguai) e no campo (Boa Vista, no interior de São Paulo).

O Fasano mineiro fica no bairro de Lourdes, a poucas quadras da praça da Liberdade, rodeada por grandes espaços de cultura, como o Museu das Minas e do Metal e o Centro Cultural Banco do Brasil.

Como nos projetos anteriores, o hotel de Belo Horizonte se tornou viável graças a uma parceria. O investimento é da construtora mineira Concreto, e o grupo Fasano se encarrega da operação.

São 77 quartos, que dão ao espaço dimensões semelhantes às do hotel de São Paulo, que tem 80. A diária sai por pelo menos R$ 1.075. 

Além disso, há no local um restaurante Gero e um bar Baretto, ambos no estilo das versões paulistanas. E ainda um spa e um espaço de eventos, dedicado especialmente ao mercado corporativo.

“Como aconteceu em São Paulo no início dos anos 2000, houve recentemente em BH a abertura de uma enxurrada de flats. Eram projetos medianos, o que acabou nivelando [a hotelaria] por baixo”, afirma Constantino Bittencourt, sócio-diretor do grupo Fasano. 

“A cidade tem uma pujança econômica e não havia um hotel à altura [desse desenvolvimento]”, diz. A cidade tem o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, só atrás de São Paulo, Rio e Brasília.

Quem assina o projeto é o arquiteto carioca Thiago Bernardes, responsável pelo Fasano de Angra, aberto em dezembro do ano passado.

Bernardes manteve características dos hotéis do grupo, como a recepção na parte de trás do lobby e as linhas sóbrias e modernas. 

Por outro lado, o arquiteto e sua equipe recorreram à cultura mineira, especialmente na decoração. No lobby e nos quartos, há peças, como cadeiras e baús, garimpadas em lojas de Tiradentes (MG).

A identidade de Minas também se revela na carta de cachaças, com 23 rótulos. A bebida é servida no Gero, no Baretto e no lobby do hotel.

No caso do restaurante, a cachaça pode ser harmonizada com os pratos italianos preparados pela equipe do chef siciliano Fabio Aiello. 

Segundo ele, nessas duas primeiras semanas de funcionamento do Gero, os clientes têm apreciado especialmente as massas, como o ravióli de vitelo com creme de parmesão e molho roti (R$ 82).

“Os mineiros gostam de comer bem e são exigentes”, diz o chef, dono de um sotaque mezzo taliano, mezzo espanhol, adquirido graças à experiência de mais de duas décadas em casas de Barcelona, como Piazze d’Italia.

Aiello assume pela primeira vez o comando de um restaurante com a grife Fasano. Antes disso, o chef passou por treinamento intensivo nas cozinhas do grupo na capital paulista.  

A Bahia receberá as próximas novidades do grupo. Em dezembro deste ano, Salvador ganhará um hotel Fasano, que vai ocupar um prédio histórico na praça Castro Alves. A arquitetura é de Isay Weinfeld.

O segundo semestre de 2019 terá a abertura de um resort em Trancoso, também projetado por Isay. 

O jornalista viajou a convite do grupo Fasano 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.