Vizinho mais famoso de Sharjah, o emirado de Dubai foi todo construído tendo o consumo como foco.Não se trata só de compras, nos centros comerciais que concentram lojas e marcas famosas. Mas também de consumo de imagem.
A cidade aposta no que há de mais exuberante na arquitetura contemporânea, com prédios de ângulos improváveis e curvas futuristas. Tudo parece um cenário pensado para que o turista faça a melhor selfie. E, para isso, um dia é mais do que suficiente.
A primeira parada pode ser o Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo. Com 828 metros de altura, o edifício prateado em forma de foguete tem plataformas de observação nos 148º, 125º e 124º andares. Os ingressos custam a partir de 135 dirham (cerca de R$ 142).
Lá de cima, é preciso um pouco de sorte. Se a vista estiver limpa, pode-se observar boa parte do emirado e compreender como ele foi planejado. Mas o mais provável é que a atmosfera esteja turva por causa da areia do deserto, lembrando o céu de São Paulo nos dias poluídos.
Nada que impeça a selfie. Nem a hashtag #top.
Depois, o destino é o Dubai Mall. O shopping é acessado a partir do próprio Burj Khalifa, sem que você precise pisar na rua ou passar calor.
Com mais de 550 mil metros quadrados (um terço do parque Ibirapuera), o centro de compras concentra marcas como Chanel, Christian Louboutin, Cartier e Armani —mas há lojas com preços mais em conta e, com sorte, algumas promoções.
Por lá, mulheres combinam o chador —traje que deixa apenas o rosto de fora— com sapatos chamativos, como tênis com luzes que piscam.
É também o espaço perfeito para tirar mais uma selfie e brincar de “quanto custa o outfit”, bordão usado por jovens que viralizaram nas redes sociais ao exibir peças com valores na casa dos milhares.
Em seguida, vale pegar um táxi no próprio shopping para conhecer a Palm Jumeirah, ilha em forma de palmeira construída artificialmente.
Mas é bom o visitante segurar a sua expectativa. A única maneira de visualizar de fato a tal da árvore e fotografá-la é a partir do alto, em um sobrevoo. Por terra, o lugar é uma sucessão de avenidas e túneis.
No fim da tarde, provavelmente a ideia será conferir o Burj Al Arab, hotel em forma de vela de barco que se tornou um símbolo de Dubai. O local é famoso, mas é bom pensar duas vezes.
Se a intenção for fotografar a curva acentuada da construção, em um ângulo já clássico, não adianta se deslocar ao endereço e ficar parado em frente à guarita. Em primeiro lugar, porque a visão não é tão limpa: há carros, seguranças, cancelas, fios e placas.
Segundo, porque a perspectiva que ficou mais popular é a da vista lateral. Para chegar a ela, é preciso se afastar bastante. Ou até entrar no mar, em algum passeio de barco.
A melhor opção de última foto é a nova Dubai Frame. Inaugurada neste ano, é uma moldura vazada em formato retangular, com 150 metros de altura. Vista de fora, é o cenário ideal para posar para as redes sociais. Basta engatilhar o celular, e bom #nofilter.
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