Conhecida pelo esqui, Park City, nos EUA, também tem bons restaurantes e bares

Cidade, no estado de Utah, tem opções gastronômicas para além do hambúrguer e happy hour

Felipe Mortara
Park City (EUA)

Já faz tempo que comer nos Estados Unidos não é mais sinônimo de escolher entre opções de fast-food. Em Park City, cidade no estado de Utah conhecida por abrigar a maior estação de esqui dos EUA, as escolhas vão do básico ao conceitual e do hambúrguer, claro, a pratos sofisticados com ingredientes regionais. Os mais de cem restaurantes e bares da cidade propõem de tudo um pouco ao paladar.


Durante o dia os sanduíches continuam sendo a principal pedida, mas cada vez mais restaurantes como o Miners Camp e o Red Pine Lodge oferecem opções italianas, mexicanas e até gregas. O forte da culinária de Park City está na cidade, nos arredores da Main Street, e não morro acima. 


O Riverhorse on Main (riverhorseparkcity.com) talvez seja o grande símbolo disso. Eleito um dos 50 melhores restaurantes dos Estados Unidos há alguns anos, propõe experiências surpreendentes, como o trio de caça, com bifes de búfalo, alce e bisão acompanhados por frutas vermelhas, cogumelos selvagens e polenta (US$ 55, R$ 206).


Mais minimalista e ousado nas criações, o Firewood (firewoodonmain.com) serve barriga de porco com ovo curado, couve-de-Bruxelas, espinafre e mostarda com mel (US$ 17, R$ 64). Outro destaque inventivo do menu é o nhoque de abóbora assado, que acompanha cranberry, pesto de avelã e parmesão (US$ 15, R$ 56).  


Ao apostar em ingredientes frescos e no conceito “da fazenda para o prato”, o chef Steven Musolf justifica o nome do The Farm. A carne de panela com tutano (US$ 18, R$ 68) desmancha na medida certa, enquanto o spätzle (massa à moda alemã) com ervas, queijo emmental, trufas e cebola caramelizada (US$ 28, R$ 105) sacia vegetarianos e carnívoros. O vinho do L’École nº 4 de 2013, produzido pelo Seven Hill Vineyard (US$ 92, R$ 346), harmonizou com tudo.


Já o Handle (handleparkcity.com) lança mão de clássicos americanos como o peito de frango brilhantemente empanado e frito (US$ 32, R$ 120) e o risoto de farro com cogumelos selvagens e pesto de couve (US$ 24, R$ 90). Amantes da culinária japonesa vão se deliciar no Yuki Yama (yukiyamasushi.com), que tem peixes e frutos do mar fresquíssimos.

À noite, cidade tem espécie de happy hour para depois do esqui 

Quase como um ritual da montanha, o après-ski é o happy hour que muitos bares promovem logo que os teleféricos encerram as atividades, geralmente por volta das 16h. O Umbrella Bar, que fica ao lado do The Farm, recebe a turma ainda de botas de neve.


É bom tomar cuidado com os aperitivos, já que em altitudes de mais de 3.000 metros o álcool sobe com mais facilidade. Com pequenas porções, a degustação de vinhos da vinícola Old Town Cellar (otcwines.com) é um grato imprevisto. As taças a partir de US$ 6 apresentam misturas próprias como o ótimo Snowbunny Syrah, com vinhos de Mendoncino e Santa Barbara, na Califórnia, que encanta apesar do rótulo cafona.


Amantes da onda cervejeira artesanal provarão no Wasatch Brew Pub (wasatchbeers.com) as melhores produções da região, como a jalapeño cream ale e a evolution amber ale (US$ 5, R$ 19). Sediada num antigo estábulo do século 19, a High West Distillery (highwest.com) fez de seus destilados próprios as estrelas de drinks como o 1981 (US$ 10, R$ 37,60), que leva o uísque Double Rye!, mezcal, xarope de alecrim e bitter mexicano. O novo e o antigo coexistem tanto no paladar quanto em Park City como um todo.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.