A rotina dos caranguejeiros, como são conhecidos os vendedores do animal nos mercados de São Luís (MA), é um dos aspectos preferidos do paulistano Edgar Rocha, 76, da cultura maranhense.
O fotógrafo é radicado na cidade há mais de 40 anos. Quarenta e um registros feitos ao longo desse período foram reunidos na mostra “Afetos”, em cartaz no museu Afro Brasil, em São Paulo, até o dia 25 de novembro.
No bairro histórico do Desterro, diz que é comum ver as embarcações conhecidas como canoas costeiras, que foram declaradas patrimônios culturais do Brasil em 2013.
“Elas são construídas artesanalmente, o que só as deixa mais bonitas”, diz. Os barcos são usados, segundo Rocha, por homens de baixa renda para se locomover na cidade ou viajar até a ilha do Caranguejo, a 30 quilômetros dali, onde caçam o crustáceo.
A diferença entre as marés alta e baixa em São Luís chega a sete metros. Então, durante o dia, os barcos ficam atolados nos mangues, enquanto os donos saem para trabalhar na cidade.
Na exposição, também há imagens de celebrações religiosas típicas do estado. Ele destaca, por exemplo, o Divino Espírito Santo e a festa de São Pedro, que marca o fim das festividades juninas.
A entrada na exposição é gratuita.
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