Parque das Neblinas conecta visitante com a natureza em plena Grande SP

Reserva em Mogi das Cruzes é lugar de trilhas, quitutes e água fresca

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Mogi das Cruzes (SP)

​Mesmo dentro da Grande São Paulo, dá para tomar banho em um rio limpinho, no meio da floresta, ouvindo apenas o som das águas e dos pássaros.

A 115 km e um pedágio (R$ 3,70) da capital, o parque das Neblinas abriga 6.000 hectares de mata atlântica —área equivalente a 8.403 campos de futebol. Ali, o visitante pode acampar, fazer trilhas e descer o rio Itatinga de caiaque. 

Localizada no alto da Serra do Mar, a reserva ocupa os municípios de Bertioga e Mogi das Cruzes —onde está a entrada— e recebe visitantes de terça a domingo.

Mas é preciso agendar a visita, por telefone ou email, com pelo menos uma semana de antecedência. Por dia, são permitidos 50 visitantes.

Sem muvuca, o passeio também tem a paz garantida pela ausência de sinal de celular e de wifi. Ali, a conexão é só com a natureza, lembra uma placa fincada à beira do rio.

O visitante não paga entrada, mas precisa escolher uma das atividades oferecidas no parque para acessar o local.

Nos fins de semana, é possível fazer até cinco trilhas de nível fácil, sem a ajuda de guia, por R$ 40. As rotas são bem sinalizadas, e um mapa facilita a localização. Dois trechos têm passarelas suspensas, nas quais se anda mais perto da copa das árvores.

Há também a opção de caminhar pelos mesmos trajetos com um monitor, de terça a domingo. A vantagem é aprender mais sobre as espécies de plantas e animais que vivem ali —são mais de 1.250. Para isso, é preciso juntar um grupo de ao menos seis pessoas (R$ 50 por visitante).

Já a trilha do Mirante exige a presença do guia. Com 11 km (ida e volta), o percurso chega a um ponto de onde dá para avistar as praias de Bertioga quando o céu está limpo —antes de ir, melhor checar a previsão do tempo, levando em conta o nome do parque.

À beira do Itatinga, há um caminho de 10 km por onde é possível pedalar até uma cachoeira (é preciso levar a própria bicicleta). A atividade está disponível aos finais de semana e custa R$ 60.

No rio, os turistas remam por 3 km num caiaque inflável até chegar a um ponto para banho, logo antes de uma queda d’água. O preço do passeio é R$ 95 por pessoa —em um grupo de seis, no mínimo.

No parque, outra forma de conhecer a mata atlântica é pelo estômago. Os visitantes podem experimentar receitas com ingredientes locais. Servidas num buffet aquecido por fogão à lenha, as refeições são compradas à parte, na hora do agendamento da visita. 

No café da manhã (R$ 33), há pães, bolos, frios e frutas. O almoço (R$ 47), com comida à vontade, tem como principal quitute o pastel de taioba, planta de folhas grandes que nasce no meio da mata.

Quem não optar pelas refeições tem direito a uma amostra dos sucos dos frutos do cambuci (azedinho) e da palmeira juçara (lembra o açaí), acompanhados por bolinho de chuva ou pão de queijo.

Unidade de conservação privada, o parque já foi uma área destinada à plantação de eucalipto para a produção de carvão e, mais tarde, de papel e celulose.

No fim dos anos 1990, a Suzano, dona da propriedade, restaurou a mata e transformou o local em reserva, gerida pelo Institito Ecofuturo, mantido pela empresa.

Ali dentro também dá para acampar. O pernoite custa R$ 40 por pessoa, mas é necessário agendar uma das atividades oferecidas durante o dia.

Serviço
Como chegar É preciso atravessar o distrito de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes, e seguir pela estrada de terra de 8 km que dá acesso ao parque
Como reservar (11) 4724-0555 ou parquedasneblinas@ecofuturo.org.br
Funcionamento Das 8h30 às 17h, de terça a domingo

A jornalista viajou a convite do Instituto Ecofuturo

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