Oncinhas-pintadas nascem em refúgio biológico de Itaipu; veja fotos

Filhotes criados em cativeiro poderão ser vistos por visitantes daqui a três meses

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Dois filhotes de onça
Um dos filhotes que nasceram em Itaipu tem o pelo escuro, como o da mãe, enquanto o outro é malhado, como o pai - Alexandre Marchetti/Divulgação
São Paulo

​Pela segunda vez em 35 anos, dois filhotes de onças-pintadas nasceram no Refúgio Biológico Bela Vista, parte da usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR). ​

Os filhotes, uma fêmea e um macho, nasceram no início do mês, mas só nesta quinta (27) puderam passar por exames para definir seu sexo e condições de saúde e foram apresentados pela equipe do refúgio.

Saudáveis e com uma média de 3,5 kg cada um, eles são filhos de Nena e Valente, onças com 4 e 12 anos, respectivamente, que também vivem no local.

Os dois filhotes poderão ser vistos pelos visitantes do refúgio em cerca de três meses. Até lá, o recinto das onças é ocupado apenas pelo pai Valente. Depois, ele vai se revezar com Nena e seus filhotes. 

A visitação é gratuita para os moradores de Foz do Iguaçu e custa R$ 30 para os demais interessados —há meia-entrada para estudantes, idosos e pessoas com deficiência. Os ingressos estão disponíveis no site turismoitaipu.com.br

Todas as visitas são acompanhadas por monitores. No local, há ainda outras espécies da região para conhecer, como araras, antas, veados-bororós e harpias. Os visitantes também podem fazer trilhas. 

Os filhotes ainda não têm nome. O médico-veterinário do local, Zalmir Cubas, afirma que uma votação popular deve ser realizada para nomeá-los. O mesmo foi feito com a irmã dos filhotes, Cacau, que nasceu em dezembro de 2016.

No refúgio, a reprodução desses animais tem um propósito ambiental. 

“Eles vão servir como matrizes, e seus filhotes poderão ser direcionados para programas de repovoamento. Criar só para deixá-los em exposição é algo com o qual não concordamos." 

Os filhotes que nasceram neste mês não podem ser soltos na natureza porque já tiveram contato com humanos, mas a futura geração tem chances de repovoar áreas onde a espécie está em extinção. 

É preciso muito planejamento para reinserir onças-pintadas na natureza, explica Cubas. A região escolhida deve ser monitorada para garantir a capacidade de sustentar esses animais, que estão no topo da cadeia alimentar.

“A partir do momento que essas áreas de repovoamento forem eleitas, teremos animais para isso”, diz. 

A onça-pintada é uma espécie em situação de vulnerabilidade no país. Segundo Cubas, a última população desses animais na região sul está no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

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