Com pista gigante de esqui, Termas de Chillán quer ser destino de luxo no Chile

Na região de montanhas e piscinas termais, hotel antigo é reformado para ganhar sofisticação e complexo aquático

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Termas de Chillán (Chile)

Em meio a piscinas de água vulcânica, montanhas, bosques e pistas de esqui, Termas de Chillán, no Chile, tenta se firmar como destino de luxo para quem gosta de frio na América do Sul, brasileiros em especial. 

Afinal, o portunhol é quase a língua oficial nesse lugarejo localizado a mais de 1.600 metros acima do nível do mar, na região da pré-cordilheira dos Andes.

Quase 90% dos estrangeiros que visitam o local durante a temporada de inverno —que vai de junho a setembro— são brasileiros, segundo Francisco Giner, diretor comercial do Hotel Termas Chillán, o mais antigo da região. Mas também há argentinos, colombianos, peruanos e, principalmente, chilenos, a maioria em busca de uma das principais estações de esqui do subcontinente.

São 34 opções de descida, com destaque para a pista das Três Marias, que, com 13 quilômetros, é a maior da América do Sul, reservada apenas para os esquiadores mais experientes. O passe diário para ter acesso a todo o complexo custa 32 mil pesos chilenos (cerca de R$ 175). 

Mas também há opções para os níveis intermediário e iniciante. Não é raro ver crianças aprendendo a esquiar, descendo a montanha acompanhadas dos pais ou de professores. 

O aprendizado, aliás, não é exclusivo para pequenos. Qualquer pessoa pode contratar uma aula (são cerca de R$ 500 por duas horas) para se sentir um esquiador profissional —até mesmo certos jornalistas desastrados desta Folha

Ter acesso a tudo isso, porém, não é tarefa fácil, já que não há voo direto do Brasil para a região, que fica a 400 quilômetros de Santiago. Da capital chilena é possível pegar um segundo voo de uma hora até Concepción e, de lá, um transfer (são três horas) até a estação. 

Outra opção é fazer uma viagem de trem de cinco horas de Santiago até a cidade de Chillán —que é vizinha a Termas, mas outro município— e pegar um transfer de uma hora montanha acima até o local onde ficam a estação e os hotéis.   

Mas não é só do esqui que vive Termas de Chillán, como seu próprio nome já sugere. Por US$ 10 (R$38), é possível passar o dia se banhando nas piscinas de água vulcânica que dão nome à vila e nas quais a temperaturas podem chegar a 60ºC. 

Muitos visitantes, porém, preferem descansar na piscina aquecida do hotel que leva o nome da região, com vista para as montanhas. 

Uma pequena passagem a conecta a uma segunda piscina que fica ao ar livre, a poucos metros de onde passam os esquiadores para entrar no hotel do lado de fora —é possível chegar e sair dele já esquiando. 

Esse minicomplexo aquático é um dos destaques da reforma pela qual o hotel acaba de passar e que teve como objetivo declarado transformar a antiga construção em um centro de luxo. 

“Por fora não mudou nada, mas por dentro refizemos tudo”, afirma um dos arquitetos responsáveis pela obra, Ricardo Cuevas. “O objetivo era conseguir trazer o bosque para dentro”, diz. Ele apostou em uma decoração baseada no artesanato local e na madeira, presente nos quartos. 

Reaberto no final de junho após nove meses fechado, o Hotel Termas Chillán agora conta também com sala de brinquedos para crianças, academia, espaço de massagem e um spa de dois andares (um masculino e um feminino) com sauna e jacuzzi, além de um restaurante, um salão com lareira e um bar, além de um novo centro de convenções.

Tudo, com exceção da massagem e da pista de esqui, está incluído nas diárias. O pacote por quatro noites sai por US$ 1.720 (R$ 6.806) por pessoa em agosto. 

Até o início do verão será inaugurado ainda um anexo no antigo cassino com salão de jogos e um segundo bar que funcionará de madrugada. Será, assim, uma das poucas alternativas de diversão noturna para os turistas. 

Não que isso seja um problema para o público, que é essencialmente familiar e acaba preferindo beber um vinho e observar as estrelas do céu chileno antes de ir dormir. 

O jornalista viajou a convite do Hotel Termas Chillán

PACOTES

R$ 3.388
3 noites em Termas de Chillán, na Flot Viagens
Saída em 28 de agosto. Hospedagem em quarto duplo, com refeições e ingressos para esqui. Sem aéreo

US$ 1.020(R$ 4.042) 
4 noites em Termas de Chillán, na CVC 
Saída em 7 de setembro. Hospedagem em quarto duplo, com refeições e ingresso para esqui. Sem aéreo

US$ 2.200 (R$ 8.720)
7 noites em Chillán, na Maringá Lazer
Saída em 17 de setembro. Hospedagem em quarto duplo, com refeições. Sem aéreo

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