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Vovós coreanas mergulham sem cilindro atrás de frutos do mar

Fotógrafo Luciano Candisani registrou a tradição da ilha de Jeju

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São Paulo

​Na​ ilha de Jeju, na Coreia do Sul, são as mulheres que comandam a pescaria. As chamadas haenyeos, ou “mulheres do mar”, mergulham para coletar polvos, algas e caramujos.

A tradição teria começado há quatro séculos, quando muitos homens emigraram da ilha para trabalhar, deixando as mulheres responsáveis pelo sustento da casa.

Os mergulhos são feitos em grupos de até 30 pescadoras, sem cilindro de oxigênio. Apenas com o ar dos pulmões, elas submergem em ciclos de dois minutos. Em um dia, chegam a ficar seis horas no mar. 

 

Hoje, esses grupos correm o risco de desaparecer. São cerca de 4.500 haenyeos em atividade, com idades entre os 65 e os 80 anos —as mais jovens preferem trabalhar em centros urbanos.

Segundo o fotógrafo brasileiro Luciano Candisani, que viajou à ilha em 2017 e em 2019 para registrar o trabalho das haenyeos, a chave da vitalidade dessas senhoras é o respeito ao ambiente. 

“Não é apenas a força, mas a conexão com o mar. Elas dizem que, se coletarem animais demais ou na época errada, podem causar desequilíbrio.”

O trabalho de Candisani será exposto no Foto MIS, evento no Museu da Imagem e do Som (avenida Europa, 158, São Paulo) que reúne essa e outras seis mostras de fotografia entre os dias 31 de agosto e 13 de outubro. O fotógrafo fará uma visita guiada na abertura, às 11h. A entrada é gratuita.

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