Ao ler um artigo sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, o fotojornalista canadense Aaron Vincent Elkaim, 38, decidiu vir ao Brasil e registrar comunidades impactadas pela obra —que começou em 2011 na bacia do rio Xingu, região do município de Altamira, no Pará.
As imagens formam a série chamada “Where the River Runs Through” (por onde o rio corre). Parte da série feita na Amazônia brasileira estará em exposição no festival de fotografia F2 em Dortmund, na Alemanha, de 7 a 24 de novembro.
Elkaim fotografou moradores e paisagens durante algumas viagens que fez ao Brasil entre 2014 e 2017.
Desde então, ele retrata, ao redor do mundo, comunidades tradicionais e indígenas afetadas por grandes construções — como a usina de Belo Monte.
A narrativa principal da série, explica Elkaim, é a ideia de que a sociedade prioriza o desenvolvimento no lugar da natureza e dos povos tradicionais. “Essa é a história que está acontecendo em todo o mundo.”
Ele dá o exemplo da comunidade de Fort McKay, no Canadá, que também fotografou. A área, de povos nativos, se tornou reduto de produtoras de petróleo.
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