O aeroporto de Narita, na região de Tóquio, no Japão, preparou um hotel improvisado, feito de camas de papelão e cobertores, na área de restituição de bagagens para passageiros de voos internacionais que podem ter que ficar ali enquanto esperam o resultado dos testes para o novo coronavírus.
Embora a quantidade de voos para o aeroporto de Narita tenha diminuído tanto que o aeroporto fechou uma de suas pistas, ainda há aviões pousando com passageiros de outros países, incluindo dos Estados Unidos e da Itália, que são obrigados a passar por testes para o vírus antes de deixar o terminal.
Os resultados podem sair em seis horas, mas há atrasos que chegam a um ou dois dias, disse um funcionário do Ministério da Saúde que não quis se identificar.
Como os passageiros estão proibidos de usar o transporte público, aqueles que não têm outra pessoa para buscá-los precisam esperar —e as camas de papelão foram preparadas para o caso de hospedagens próximas ao aeroporto, usadas para abrigar os passageiros, estarem cheias, o funcionário acrescentou.
Desenvolvidas para serem usadas em centros de evacuação durante desastres e em outros momentos nos quais podem ser necessárias, as camas —feitas com um papelão resistente— contêm um colchão e um cobertor.
Há hotéis próximos ao aeroporto para as pessoas ficarem, então, até onde eu sei, as camas ainda não foram usadas —ou se foram, foi apenas por um período curto”, disse o funcionário.
Na semana passada, o Japão declarou estado de emergência em seus maiores centros urbanos para lutar contra a disseminação do coronavírus. O número de casos no país é de pelo menos 7.400, com 137 mortes, informa a emissora pública NHK.
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